Hoje, finalmente tirei um peso grande das minhas costas. Depois de mais de uma semana sem se quer trocar meia dúzia de palavras com ela, felizmente a gente se acertou.
Sim, fui atrás apesar de ela errar comigo muito mais do que eu com ela, mas eu não aguentava mais ficar longe da minha amiga, sem conversar, abraçar-la, desabafar, rir, implicar com as pessoas ao seu lado... Tudo isso, essa falta, estava me fazendo um mal tão grande, que ontem antes de dormir, pensando, chorei muito ao me dar conta do tempo em que esse estremecimento da nossa amizade estava durando. Já tínhamos brigado antes, mas nunca assim, ficar tanto tempo sem se falar...
Confesso que achei que ela agiria da mesma maneira infantil – que eu considero assim – das outras vezes, mas para a minha surpresa, ela estava de bom humor e agiu naturalmente, parecendo não estar ciente também do motivo pelo qual estávamos assim. Ela sabe o porquê, mas preferiu esquecer – foi o que eu fiz, como sempre.
Na realidade muita coisa sempre me incomodou muito no que diz respeito às suas atitudes e de outras pessoas que a rodeiam, mas como esse é um blog do qual o acesso é publico, prefiro não entrar em detalhes, para evitar algo sério – que pode nos afastar novamente. Sei o quanto é difícil para todos nós, aceitarmos a realidade. O problema é que ela dá muito mais valor a outras amigas. Estas merecem sim, mas não é porque temos mais tempo de amizade que ela tem o direito de me magoar, deixar pra trás, ignorar, sabendo que depois tudo irá voltar ao normal, simplesmente porque somos parte uma da outra. É claro que tem horas que precisamos dar um tempo de algumas pessoas. Tudo em excesso enjoa, mas isso não quer dizer que eu precise ser “trocada” ou menos priorizada. Pode chamar de ciúmes, criancice, besteira, mas eu prefiro chamar de amor.
O fato é: eu não poderia mais continuar da maneira que estava – mal, triste, chateada – porque isso já estava me corroendo, me machucando. Prefiro te-la ao meu lado como sempre tive, desde que conheci a vida escolar – aos dois anos. Hoje temos dezessete e pela primeira vez ficamos mais de uma semana sem nos falarmos e por um motivo totalmente irrelevante –ciúmes de sua parte. Se fosse por isso, não dá para contar nos dedos as vezes que eu ficaria sem falar com ela. A diferença é o nível de compreensão presente em cada uma.
Mas ninguém é igual e ela já faz parte da minha vida, não viveria sem essa menina por mais que ela tenha o jeito, muitas vezes, chato o suficiente a ponto de me estressar. Mas me acostumei e hoje vivo com essa “pentelha” assim mesmo. Não sou perfeita, e creio que também devo estressá-la com inúmeras atitudes e nem por isso ela se afasta. Somos parte uma da outra. Isso se chama amor.