Em uma praia com areia fina e clara, o mar azul brilhando,
estava sentada em uma pedra, próxima de muitas outras, das quais o mar batia
com força e voltava vagarosamente. Desta pedra avistava-se no mar um barco de
pescadores com listras: Vermelhas, brancas e azuis.
No horizonte, o sol
se pondo e o céu estava rosado; Neste momento mágico, apenas alegria e paz
interior invadiam o meu coração apaixonado, recordando momentos de amor intenso
vividos naquele mesmo lugar.
O vento bagunçava meus cabelos e o cheiro do mar me fazia
viajar para tão longe, que nem eu mesma sei até onde fui.
Aos poucos a noite foi chegando, o vento a soprar com mais
intensidade, a maré aumentando, e dava de se ouvir as ondas batendo nas pedras,
fazendo respingar gotas salgadas pelo meu corpo. O sol se pôs por inteiro.
E só o sentimento agradável – e ao mesmo tempo desagradável-, a saudade no coração e o sorriso permaneceram.
Ao anoitecer, as estrelas vieram me saudar e a luz da lua me
fez pensar –refletir - ainda mais sobre tudo que estava acontecendo comigo.
Mudanças, decisões, pressões, incompreensões, utopias, amor platônico, tudo,
tudo...
Deitada na areia, olhei para o céu, fechei meus olhos e me
deixei tomar pelos pensamentos, lembranças, sonhos, esperanças...
Mas quando eu os abri, percebi que nada mais estava igual,
apenas eu não havia percebido.
Levantei num pulo, decidida a recomeçar, me focar, me
valorizar, abdicar menos do meu bem estar em função das outras pessoas. Decidi não
me importar tanto com o que pensam, falam e ouvem de mim.
A felicidade para uns pode não ser a felicidade para outros,
então decidi, por fim, que vou ser feliz do meu jeito, da maneira que eu achar
melhor e que todos façam o mesmo e não que fiquem atrás de mim querendo decidir qual é a melhor forma de EU ser feliz.
“Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer”