Eu achei que rejeitá-lo
seria sinônimo de amor próprio, seria a prova de que eu estaria aprendendo a me
amar mais, pensar mais em mim, no que eu sinto.
No começo, quem me rejeitou
foi ele. Aceitei numa boa- mentira, sofri muito. Mas passou. E justo quando
tinha passado, ele me vem e diz que não quer mais que exista essa distancia
entre a gente e que o fato de estarmos separados o incomoda.
Só a ele né? Eu não sinto
nada! Como se isso pudesse ser verdade.
Sempre rola um sentimento. Independente
do que ele sinta e de como ele faça.
Eu estava no décimo sono em
pleno sábado onze horas da noite (porque minha mãe viajou e me pediu pra ficar
em casa). Meu celular tocou, era aquele toque de galinha que faz meu coração
acelerar toda vez que eu ouço. Só atendi da segunda vez e era ele, claro, me
perguntando se podia vir até aqui. Como eu diria que não? Não consigo!
Ele chegou e, pra não
perder o habito, comeu –cachorro quente, pra variar (porque aqui em casa só tem
isso quando a minha mãe viaja). Ah, é mais prático.
Não quero descrever com
muitos detalhes o que aconteceu. A questão é que as 03h30min da manhã eu estava
tendo a melhor sensação da minha vida. Nunca imaginei que eu pudesse chegar
nesse ponto. Ele me surpreendeu – me surpreende a cada dia, na verdade.
Não tem como eu não me
apegar. Ele é carinhoso, me ganha fazendo daquele jeito que só ele sabe. Me sinto
nas nuvens depois que ele vai embora e só consigo pensar em como ele me fez
bem. Mas também né, depois da massagem caprichada que eu fiz nele...
Apesar de que isso não
justifica. Ele é bom sempre, independente do que eu faça. Ele me pega com
força, tem aquela pegada nas costas que me deixa louca.
Meu objetivo, depois que
ele terminou comigo era recuperar minha auto-estima - tentando compreender que em qualquer circunstância, eu estava no
lugar certo, na hora certa, no momento exato. Busquei relaxar.
Comecei
a perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal
de que estava indo contra minhas verdades.
Parei
de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que
acontece contribui para o meu crescimento, inclusive isso. Hoje vejo que amadureci.
Nem
tanto porque o aceitei de volta –mas isso não vem ao caso.
Queria
me respeitar mais: Meus limites, minhas vontades, anseios e duvidas. Eu sabia
que tudo aquilo que eu estava sentindo não passava de uma resposta natural a
tudo que ele me fez passar.
Então,
para não ter que passar por outras situações difíceis como essa, comecei a me
livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa
que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo,
mas na verdade era amor-próprio. Não que em um mês eu tenha conseguido
tudo isso, mas pelo menos eu tentei. Ainda não obtive sucesso na tentativa de
me livrar dele- que em certos momentos me faz mal-, mas um dia eu consigo.
Para
não pensar nele, parei de ter tempo livre, comecei a temer-lo e quando o tinha,
fazia grandes planos para o meu futuro profissional. Agora faço o que acho
certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes, passei a ser mais humilde.
Desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes, passei a ser mais humilde.
Desisti
de ficar revivendo/ remoendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora,
me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Não
vou ficar recordando o tempo inteiro do mal que ele me fez antes. Um dia todos
nós vamos morrer e aí não terá mais jeito de aproveitar, então, agora eu não
vou deixar de fazer nada do que eu tenha vontade, em detrimento dos malefícios que
possa ter.
Quero
viver um dia de cada vez e, assim, encontrar a plenitude.
Quero me fazer entender que minha mente pode me atormentar e me decepcionar mas ela pode ser uma grande e valiosa aliada do coração, basta encontrar o equilibro. Eu só quero saber viver melhor, me amando e me respeitando.
Quero me fazer entender que minha mente pode me atormentar e me decepcionar mas ela pode ser uma grande e valiosa aliada do coração, basta encontrar o equilibro. Eu só quero saber viver melhor, me amando e me respeitando.
Ontem
tive a melhor noite da minha vida e tudo isso graças ao avanço que tive- de
parar de querer algo que ele não pode me dar: AMOR.
Percebi
como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar
aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está
preparada, inclusive eu mesmo, ou seja, nada de forçar a barra. É preciso que
haja respeito, por menos séria que seja a nossa relação. Eu tenho que tentar
tirar dele o que ele tem de melhor ao invés de ficar criando a expectativa de
que ele vai mudar porque não vai e eu sei disso.
Antes de querer amar alguém, eu preciso, acima de tudo, saber ME amar.
Então
ta combinado assim: Nada de ficar se prendendo no passado e nem apressando um
futuro incerto. Vamos viver o presente plenamente e buscar mais e mais a
felicidade que está única e exclusivamente dentro de quem a busca. Só assim vou aprender a me amar de verdade.
Fechou
então!
(J.B.L)