sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre ela...




Ela vive no seu mundo, do seu modo. O certo para ela é o que ela considera que seja, por mais que o resto do mundo diga ser errado. Ela defende suas teorias, escolhas e decisões com todos os argumentos que dispõe. É sonhadora, romântica, decidida – às vezes dividida. Suas dúvidas nunca ficam guardadas, toca em tudo que lhe chame atenção sem pensar nas conseqüências e/ou perigos- curiosa como uma criança. Por mais que pareça desatenta, está sempre com seus ouvidos abertos – tudo que se passa a sua volta lhe prende a atenção. Tudo ao mesmo tempo. Sim, ela consegue ouvir e captar informações polares e periféricas - as vezes não absorve todas. Nunca se concentra em um único foco, a não ser que se trate de um assunto atraente o suficiente para conseguir fazer seu cérebro unificar o pensamento, desligando-se de tudo ao seu redor  – quase impossível para ela, já que é portadora de déficit de atenção e hiperatividade.
Ler só se for por vontade própria. Ela não se força a gostar, por mais que deseje do fundo da alma que tivesse nascido junto com ela o prazer da leitura.
Ela não gosta que a apressem, pressionem ou lhe critiquem – porém este ela aceita, afinal, pode ajudá-la melhorar.É engraçada, alegre, divertida e seu maior prazer é fazer as pessoas rirem. Julgar apenas mediante provas. Falar sobre a personalidade de alguém que não conhece, não é com ela. Segredos entram pelos seus ouvidos e após absorvidos, filtrados e assimilados, morrem ali mesmo, dentro dela. Não gosta de guardar o que pensa, é espontânea e não mente para agradar ou simplesmente concordar com alguém sobre qualquer coisa. As vezes - quase sempre - acaba sendo indelicada, por isso está se esforçando para guardar para si a sua opinião.Suas amigas são selecionadas cuidadosamente. Desconfia demais das mulheres. Seus amigos são poucos, seus colegas, infinitos. Confia mais nos homens. Adora homossexuais de naturalidade masculina, não tem preconceitos com relação a nada. Para ela todos são “iguais” (no sentido de terem os mesmos direitos) já que, assim como ela, possuem órgãos, compartilham do mesmo oxigênio, têm sentimentos e habitam todos a mesma sociedade. É frágil e não deixa as aparências lhe dizerem absolutamente nada. Tem a necessidade de explorar, conhecer, tocar, olhar. É valente, porém medrosa. Apesar de estufar o peito e dizer em bom tom: “eu posso, eu vou”, quer dar meia volta e retornar em pleno meio do caminho.
Sem querer ela conquista a confiança das pessoas, que espontaneamente desabafam e lhe confessam magoas e segredos. Ela sofre por problemas alheios .Quando morrer quer doar seus órgãos. Tem talento para ser psicóloga e já pensou em ser.
Ela é carinhosa- até demais e muito atenciosa. Mostra a importância de cada um para ela e para o mundo. Escreve cartas, manda recados e lembretes falando sobre o que sente. É sensível, qualquer alteração no tom de voz é capaz de colocá-la aos prantos. Pensa sempre em tudo, elabora planos infalíveis, beija intensamente e se entrega quando ama. Metaforicamente é como se ela pudesse entregar nas mãos do amado, a sua vida, seu coração e dizer-lhe: “faça o que quiser’’.

Tem medo de escuro, não gosta de pegar ônibus, detesta ficar sozinha. Fica arrepiada só de ouvir falar em espíritos, sente seu coração acelerar, fica sem ar e quase desmaiou de susto - numa intenção de brincadeira- por causa disso. Ela chora se ouve vozes ou passos de madrugada, reza só quando precisa pedir, esquece de agradecer. Na verdade, ela carrega consigo fortes duvidas sobre a existência de um ser superior que decide o rumo que nossas vidas irá tomar. Ela conquista fácil, cativa com seu sorriso e seu ingênuo modo de pensar sobre o mundo. Sente falta da sua avó materna, a saudade lhe consome.
É carente, não gosta de incomodar, quer sempre estar independente e livre. Ama a liberdade e tem uma estranha necessidade desta. Não gosta de receber ordens, detesta mentira/falsidade, se ilude com pouco, se machuca a toa. Cria grandes expectativas em cima de fatos e pessoas pequenas demais para torná-las reais. É ciumenta e possessiva com seus amigos, se ela pudesse monopolizaria-os. Quando sente que seu espaço está sendo invadido é capaz de atacar como uma leoa que defende sua cria.
Já foi fanática por bandas que hoje nem se importa.Cometeu erros dos quais se arrepende, já caiu de moto no rio, na garupa de um amigo bêbado, já bateu de moto no poste e não se machucou por um milagre, já abriu a cabeça, já ficou tanto tempo no sol que não conseguia levantar da cama, já caiu de uma altura de 20 metros, na água e ficou sem conseguir se mover. Adora andar à cavalo mas se recusa a agredi-los
É amiga pra todas as horas e se perceber que tem alguém com problemas, não pensa duas vezes antes de oferecer-lhe seu ombro para chorarem. Mesmo se tratando quem nunca antes lhe ajudou, ou até mesmo que a tenha feito algum mal. Ela não guarda rancor, acredita ser prejudicial a quem o mantém preso dentro de si. Ela espera ajuda e compreensão quando ela precisa, afinal é o que sempre faz em relação aos outros, mas nem sempre recebe o mesmo em troca, algo que deveras lhe faz sofrer.

e mais dela...

Ela é exigente e perfeccionista quando se trata de seu corpo. Tem mania de passar álcool gel nas mãos, toma banho toda hora e pra onde quer que vá, carrega sua bolsa repleta  meios de higienização. Se preocupa com sua pele e cabelo, adora maquiagem discreta e brincos grandes.
Vive fazendo dietas loucas, tomando remédios milagrosos. Já amou e não foi amada e sofreu por isso. Prometeu para si mesma que jamais se apaixonaria novamente nem deixaria um homem fazê-la sofrer, no entanto cometeu os mesmos erros na esperança de que no final, fossem dar certo. É otimista e não tem noção de espaço e tempo. Um quilometro ou dez, não dizem nada, visto que ela não consegue imaginar a distancia. Em vinte minutos ela acha consegue tomar banho, se arrumar, comer e chegar a algum lugar. Depois se dá conta do quanto se atrasou. O relógio da sua cabeça anda devagar, então, ela acha que vai dar tempo de tudo. Ama a natureza e adora explorá-la.
Ela sonha com um romance de filme, daqueles que o homem é louco e faz tudo se no final for ter a mulher, eles se beijam na chuva, fazem amor sob o luar, ele se declara ao microfone, vai, de surpresa, na casa dela com um lindo buque de flores (seu grande fascínio). Ela é sonhadora, sonha com o homem perfeito. Namora um que chega perto disso.
Ela é do tipo considerado cafona – antigos românticos- que gosta de declarações exageradas e quanto mais carinho para ela, melhor. É grudenta com quem ama. Quando ama, é de verdade. Se não sente, não diz.
Quer ter sempre mais amigos. Adora estar com a sua família, é teimosa e insiste em agir da forma que ela acredita que vá dar certo. Nem sempre dá, mas ela precisa que a vida lhe espanque para que ela aprenda o certo e o errado, pois do contrario, insistirá no erro até que ele dê certo.
Tem atitudes de um homem, senta sem modos, rói as unhas, fala alto e sua voz tem o tom grave. Usa gírias e faz gestos desnecessários, mas sempre que percebe ou é alertada, se esforça pra melhorar.
Adora musicas que rimem e abomina as que são desprovidas de letra – o que ela mais aprecia. É “viciada” em imitar as pessoas. É descarada - não por mal, se tornou algo espontâneo. Seu cheiro preferido é o da sua mãe e a mesma é sua fonte preferida de imitações.
Adora fotos e não mede esforços para sair bem nelas. É imprevisível e gosta de pessoas assim.Não gosta de rotina e adora ser conhecida. Ajuda as pessoas sem pensar demais. Não gosta de ver ninguém sofrendo e se pudesse transferiria os sofrimentos de todo mundo para si, só para ter o prazer de ver o mundo inteiro sorrir.Dá atenção para estranhos, não gosta de ser antipática. Sente pena de todos, ajuda sempre, faz doações,dá banana na boca de micos, beija passarinhos e aperta cachorros. Adora os animais, pretende comprar um papagaio assim que possível. Faz planos de morar sozinha, ser advogada, ganhar 14 mil por mês, ter uma filha, adotar um menino, se casar com o homem mais romântico do mundo, ter dois hamsters brancos e sem rabo, dois jabutis e um coelho. Pretende fazer uma segunda faculdade - de artes cênicas - e um curso de fotografia.
Ela é fascinada por crianças, principalmente de colo ou um pouco maior que isso. Já pensou em ser professora do Jardim de Infância, pedagoga - sua maior vontade- já quis ser médica, jornalista, veterinária, bióloga, artista,dançarina e enfermeira. Ela já esteve decidida de que trabalharia no zoológico, decidiu ser fotógrafa, e acabou sendo advogada por achar que irá se sair bem, mas principalmente pela qualidade de vida que terá, caso consiga algo bom no ramo.

chega de falar dela.

Seu maior sonho é a paz mundial, igualdade financeira, sem brigas nem disputas.Ela não gosta de concorrência, não liga para marcas, é consumista controlada, imaterialista, adora comida japonesa e odeia ficar sem ar condicionado. Passa o dia no computador, quando não vai á escola. Luta boxe há quase um ano. Lá libera suas energias negativas, descontando tudo num saco se areia. Já tomou um soco no lábio que o fez inchar, um no rosto que a deixou marcada, um na boca que sangrou e um no nariz que a fez espirrar. Já bateu, mas não se sente bem em fazer isso. Pede desculpas sempre que reconhece um erro. É reprimida ao fazer isso numa luta em que a obrigação do atacado é se defender enquanto a do adversário é acertá-lo. Adora malhar e se sente feliz ao ver que seu esforço está surtindo efeito.Adora viajar e sonha em conhecer o mundo inteiro, diferentes culturas, raças e crenças.Quer fazer uma tatuagem, mas ainda não decidiu qual, fará um pircing no nariz e plástica nos seios.

É fascinada por uva, se deixar devora um vidro de azeitonas e dois sacos de milho em um dia. Adora vê-los estourando na panela, por isso, sempre usa uma que tenha a tampa transparente, quando faz pipoca. Se pudesse comeria brigadeiro todos os dias, mas está acima do peso.
Já fez teatro e sonha em continuar. Se ela pudesse, se dedicaria a ele. Todos os dias. Mas visando lucro, deixou seu sonho para trás. Está sempre a cantar, seu inglês é péssimo e mesmo assim ela não desiste de tentar cantar as músicas mais complicadas.Toma banho ouvindo música, não costuma assistir TV, adora três espiãs demais e se pudesse passaria o dia vendo chaves.
Adora chuva, principalmente quando está nela. Dança (uma das suas atividades preferidas), ri e brinca... Se sente mais feliz e livre quando está com a roupa tomada por água.
É apaixonada pelo luar e pelo pôr-do-sol e se ela pudesse iria à praia todos os dias: um pouco a tarde, para pegar sol e depois à noite, para deitar na areia e ficar admiranda a beleza da lua.
Nunca disse uma mentira séria, confessa tudo para sua mãe e sonha que ela a entendesse.Adora quando percebe que alguém conhece seus gostos. Ama suco de laranja e come sem fome.
É compulsiva por balas mentos e não suporta ter que compartilhá-las. Elogios a emocionam. Sua auto-estima é bem elevada e são raras as pessoas capazes de mudar isso. Ela admira um belo sorriso e considera o seu, um dos mais bonitos. Seu cabelo brilha e seus olhos castanhos são sinceros e passam confiança. Brilham quando ela está feliz, todos percebem. É pisciana, do dia 20/02, está descobrindo que o mundo é muito diferente da sua ingênua idealização.
Talvez ela ainda prefira acreditar e viver nesse seu mundinho fechado e bloqueado para maldades, mentiras e outros sentimentos ruins. A idéia de que terá que ter mais malicia para lidar com as mais diversificadas personalidades, não entra tão facilmente em sua dura cabeça.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Te levo comigo.


Tentei lhe dizer muitas coisas, mas acabei descobrindo que amar é muito mais sentir do que dizer. Pena que já era tarde de mais pra mostrar o que sinto – não que eu não tenha mostrado o suficiente, mas desejo com todas as minhas forças que estivesse aqui comigo agora.

E milhões de frases bonitas, jamais alcançariam o que eu sinto por você. Ainda mais agora que você - pra sempre - foi embora, e eu nunca disse adeus.

Ter que acordar todo dia e não poder dizer : “ - Bom dia vó ” e na hora de ir dormir pedir a benção e ouvir você dizer : “ - DEUS TE ABENÇÕE FILINHA “, não poder mais te dar um beijo, nem te desejar feliz dia das avós ( no dia que eu sempre me esquecia qual era) é como o suicídio. Eu faria de tudo pra levar um esporrinho seu só pra pode escutar a sua voz mais uma vez.

Apesar de você não estar mais aqui comigo, tenha a certeza de que eu te levo pra todo lugar dentro do meu coração!

E sei, sinto, tenho certeza de que você escuta tudo que eu falo pra você antes de dormir. Sei que onde quer que você esteja, esta torcendo por mim em tudo. Mesmo longe, eu não deixei de te amar... Jamais esquecerei o brilho dos seus olhos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Arte corporal .


A dança é a linguagem oculta da alma. É através da dança que sou capaz de limpar a minha alma. Danço, me solto, transpiro - gotas essas que escorrem em forma de tudo negativo que me consome. Depois só me restam sentimentos bons, fico mais alegre, disposta e com muito mais energia e disposição pra viver. Dançar é uma arte - "arte do movimento e da expressão onde a estética e a musicalidade prevalecem". Os gestos, a expressão, são a manifestação do movimento humano. É incontestável a enorme influência da música sobre o ser humano; ela está dentro de cada um de nós, independente da raça, da religião, da língua, e do sexo. Este mundo mágico da música, com o seu espetácular meio de comunicação rítmica consegue conquistar o mundo inteiro.
Através dos movimentos que somos capazes de perceber o quanto a dança envolve o nosso corpo numa exploração de cada possibilidade de articulação - sempre assessorada pelo uso do ritmo, para que possamos sentir melhor cada movimento.
Ser capaz de sentir e viver o movimento significa estar dançando em harmonia, com naturalidade.
Essa maravilhosa arte é que me alivia de boa parte das tensões adquiridas no estressante e exaustivo dia-a-dia.


" E ela Dançou sem perceber o que o corpo fazia, e cantou sem compreender o que a letra dizia... "

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Amor Amigo


A canção que antes me lembrava alguém que não merecia nada do que fiz por ele - e quando eu digo nada é nada mesmo – hoje me foi cantada por um garoto, um homem, que por sinal é a pessoa que tem me feito feliz há bastante tempo.

Something... A tradução é linda e a cada verso meus olhos brilhavam mais.

Na verdade não é difícil me agradar (como já sabem, as pessoas que acompanham o blog ou me conhecem). A cada vez que eu ligo e ele atende de um modo diferente – cada vez mais carinhoso- me encanta. Seu modo de dizer o quanto gosta de mim e quando ele descobriu que me ama e o que é amor... Os beijinhos na nuca inesperados e repentinos e quando ele amassa meu rosto pra me dar um selinho, indescritível...

Mas foi ainda mais magnífico o modo com que ele disse na frente de todo mundo que aquela musica era pra mim, assim como “como é grande o meu amor por você” do Roberto Carlos.

Fazia frio e seu casaco me aquecia, juntamente com seu abraço, sorriso e voz que soava carinhosamente em meus ouvidos. Fiquei ainda mais feliz...


Estamos cada dia mais amigos, mais íntimos e nossas conversas, aos poucos, vão se tornando mais maduras, e muitas vezes saem em forma de desabafo, declaração, confissão, informação, ou algo do tipo. Ele tem sido meu melhor amigo. Me ouve, me acalma, aconselha e faz rir. Se eu precisar dele, seja para o que for, ele estará pronto para me ajudar, me respeita, é meu parceiro e tem feito tudo pra me agradar, me ver satisfeita ... achei que nunca encontraria tudo em uma pessoa só.

Não sei como agradecê-lo por estar me proporcionando tanta alegria e fazendo refletir em meus olhos um brilho que nitidamente diz: “estou apaixonada”. Agora sim eu sei o que é amor .


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sonhos


Eu tenho alguns problemas, é!
Um deles é que eu sonho,
sonho acordada,
sonho demais.
Como se fosse capaz
de mudar algo,
ou de algo acontecer,
como se realmente
fosse acontecer.

Um bom sonhador sonha,
e tenta fazer.
Um apenas sonhador sonha,
mas uma hora para de sonhar.
Porém, um ótimo sonhador
não tem hora pra parar,
não tem hora pra sonhar.
Sonha à qualquer momento,
e em qualquer lugar.

(autor desconhecido)

Adorei! tudo a ver comigo .

É ELE !


Nunca namorei sério. Na verdade acho que eu que nunca tratei com seriedade essa história de ficar "presa" à alguém, a não ser que esse alguém fosse O ALGUÉM, rs.
Namorar é querer muitas coisas.
Primeiro, é querer muito uma pessoa, a ponto de querer passar 25 horas por dia com ela, como se isso fosse possível. É querer esta pessoa aos 60 anos, com a intensidade que você queria quando tinha 18. E quando tiver 18, querer ficar com ela até muito mais do que os 60.
É querer encher essa pessoa de abraços, de beijos. É querer falar com ela mesmo de longe e, neste caso, não querer desligar o telefone. É arranjar um tempo só pra essa pessoa, mesmo quando você está atolado de trabalho ou estudos.
Namorar é querer ouvir eu te amo, mas também é querer que essa pessoa te respeite quando você quiser ficar só, porque você vai fazer igual quando for o contrário. É querer se arrumar para essa pessoa mesmo quando você não vão a lugar algum, apenas ficar em casa.
Aliás, é querer ficar em casa de vez em quando, porque vocês não querem se dividir com mais ninguém. Namorar é querer presente sim, mas, aquele especial, que fale alguma coisa de você, o que mostra que a pessoa que deu ama tanto você, que te conhece muito bem.
Esperei muito tempo para tê-lo comigo e só pra mim e agora estou muito feliz assim.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

conheci um homem .


Não havia lua. Infelizmente. Mas a quantidade de estrelas e a beleza que elas davam ao céu, nos envolveu tanto que a falta da lua se tornou irrelevante.

Estava frio mas o calor nos embalou, esquecemos do tempo, acho até que ele parou por alguns instantes para que pudéssemos aproveitar mais o momento. Era como se a Terra não girasse para mais ninguém, exceto para nós dois.

Não faço a menor idéia de quanto tempo passamos ali, olhando para o céu, apreciando a constelação magnífica que tínhamos o enorme privilegio de presenciar, conversando, rindo, nos beijando e acariciando.

Senti que lhe mostrei a beleza de coisas que, apesar de ele saber da existência, nunca houvera dado maior atenção e/ou importância. Como: a maravilhosa sensação de se deitar a beira do mar e olhar o céu ao lado de quem se gosta e a importância que isso tem para mim.

O frio aumentava gradativamente enquanto um acalmante, tranqüilizante, amigo, confortável e aquecedor abraço me abrigava do sereno.

Confesso que estava perdendo as esperanças de encontrar alguém assim. Ele me ajuda, me entende.

Apesar de calmo, em seu interior funcionam órgãos de um ser humano do sexo masculino (que é movido pela sua excessiva produção de testosterona - e por provocações que confesso ter feito- ), não permitindo maiores julgamentos em relação as suas atitudes quase incontroláveis. Mas mesmo com tudo isso,ele me respeita tanto que posso dizer sem duvidas que é o homem mais homem que já conheci em toda minha vida. Ele sabe lidar com uma mulher. Pensa com a cabeça de cima e não age por impulso.

Minha vontade era deixá-lo me mostrar o quanto gosta de mim. Não que eu não saiba. Mas a nossa empolgação quase me fez esquecer princípios e valores impostos pela sociedade, que eu, infelizmente preciso seguir.

A noite se foi e o dia chegou. Um domingo cujo fim recebeu a visita de um lindo céu. Composto por pássaros livres e felizes e nuvens das mais variadas cores. O sol, outrora radiante se punha, dando mais vida ao céu.

A velocidade do barco aumentava proporcionalmente a intensidade do vento. Induzindo-lhe a me proteger. Me encantou – algo não muito difícil.

Uma frase bem formulada, ou até mesmo a menor das flores – arrancada de um canteiro durante o caminho- é capaz de transformar minha fisionomia e acelerar meus batimentos, como uma menina que nunca se apaixonou- não assim, nem por alguém como ele.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

não deixe de pensar...


Perguntas sobre o passado, inseguranças com relação ao presente, incerteza do futuro. Isso tem afligido muito as pessoas.

Até hoje não sabemos ao certo de onde viemos, como surgimos. Filósofos querem entender, através de estudos a personalidade de cada um de nós e a que fato ela está ligada- quem somos.

Existem milhões de teorias para onde vamos, como surgimos...

Os economistas querem explicar a crise e os cientistas como o cérebro funciona.

Hoje os cientistas discutem sobre a teoria da biogênese e da abiogênese, se a opção sexual é definida pela genética e porque você boceja quando alguém boceja.

Os biólogos querem entender o dia-a-dia dos animais e os nutricionistas se o ovo aumenta o colesterol.

Você pode pensar muitas coisas. Pode pensar que “os mamonas” foi simplesmente uma bandinha de curto sucesso, ou que foi uma das bandas de maior abrangência. Que a viagem à lua foi uma grande farsa e que Michael Jackson está vivo.

Pode pensar que nada supera o capitalismo ou ter certeza que o comunismo é a única saída.

Você pode pensar que a televisão é apenas mais um eletrodoméstico criado para evitar a alienação do ser humano ou que é uma nas maiores invenções da humanidade.

Você pode pensar que existem vários deuses, um ou nenhum ... que as estrelas são pedaços, restos da grande explosão ( Big Bang), que iluminadas pelo sol, produzem brilho. Pode pensar que o amor supera tudo ou que é apenas algo passageiro. Pode pensar ainda que amor não existe (mas não é porque você acha isso que as pessoas a sua volta são obrigadas a concordar. Se você sofreu e hoje desacredita, só tenho a lamentar, afinal, nunca mais terás o prazer de amar).

Enfim... você pode pensar em várias coisas, pensar no que quiser e quando quiser... A única coisa que você não pode fazer é deixar de pensar.

Como você pode ver, não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas. As respostas servem apenas de coadjuvantes.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Reunião de Família .

Esse final de semana foi diferente e ao mesmo tempo igual. Fora da rotina e ao mesmo tempo algo de costuma. Unido e afastado, feliz e triste, calmo e agitado, estressante, divertido, especial...

Todo ano é assim. Quinta à noite nos unimos, jantamos e apartir dali começa a reunião anual da família Haehling, Braune, Rumiantzeff, Ludewigs, Omunndsen, etc.

O ônibus é só nosso por onze seguidas horas de olhos abertos, frio, tédio, ansiedade e diversão.

As paradas para “descanso” /alimentação foram feitas duas vezes e em cada uma delas, comia-se bem, afinal, ninguém sabe a hora que pararíamos de novo.

Chegamos lá na sexta de manhã, da qual fui direto me trocar para cavalgar, algo que não faço desde a ultima reunião de família – 2007. Revi os "tios"- recreadores, que não vejo ha um bom tempo. Cresci ao lado deles, brincando de todo tipo de coisa. Tio Urso não estava lá, estou com saudades. Mas o tio paçoca, tio banana e tio gu estavam! FIRMES E FORTES. É bom rever pessoas que fizeram parte de uma infancia bem mais divertida para mim.Enfim...

Meu cavalo, que eu não sabia o nome, batizei de Ashton (nome de um ator americano maravilhoso, para caso perguntarem o que eu estava fazendo, eu ter o prazer de responder : Cavalgando no Ashton).

Fizemos um passeio que durou uma hora e pouco, fomos até a fazenda São Bento – posse da Tia Erica- da qual nem chegamos a ficar. Queria ter ido cumprimentar a Dona Guta, o Fernando, filho dela e o resto do pessoal, mas não houve tempo hábil.

Voltamos pra Fazenda Santa Clara, de posse do meu primo, Ian Felix – onde todo ano nos serve de moradia. Ficamos na piscina, relaxando e tomando sol. A caipirinha de lá é maravilhosa, aliás, que falta eu estava sentindo dela. Tomei umas duas bem caprichadas na vodka. Descobri que tenho um primo da Alemanha que eu não conhecia – Andreas, vulgo Andy, de 17 anos.

Após almoçarmos, fui fazer sauna com a mamãe. Passamos shampoo do lado de fora, enxaguamos, passamos condicionador e entramos na sauna, onde nos emplastamos de hidratante para a pele.

Lá permanecemos por uns 30 minutos e após sairmos, tratei de terminar meu banho nos meus aposentos e me deitar, afinal não dormi nem se quer dez minutos da viagem.

Acordei depois de umas horas, saí e como não vi ninguém, voltei a dormir. A festa junina começou e eu não conseguia levantar por mais que me chamassem. Até que uma frase conseguiu roubar de mim um pulo : “ thayana, vamos, já estão começando a tirar a comida, você vai ficar sem comer”.

Tirei muitas fotos, me deliciei com as comidas típicas e a caipirinha maravilhosa. À luz da lua cheia, a nossa família se reuniu em baixo de umas árvores. Bruno no violão e o resto na voz. Cheguei a deixar escapar umas lágrimas – de alegria por estar ali. Eu adoro esse clima familiar. Gostaria que houvesse outras reuniões, mais vezes do ano.

Por volta de duas da manhã fui me deitar, eu estava que era só cansaço, mas soube que a farra rolou até as quatro.

No dia seguinte mais cavalgada, mas dessa vez foi diferente. Fomos à luz do sol e voltamos à luz da lua. Chegamos até a casa do tio Paul e foi ruim vê-lo naquele estado. Infelizmente não podemos absorver muita esperança com relação a ele.

A lua não saía e precisávamos voltar pra Santa Clara para a festa que ia rolar.

Então resolvemos retornar sem lua mesmo. Estava tudo escuro, um breu, sem UM FEIXEZINHO de luz. Nada que nos impedisse de voltar. Os cavalos são espertos e enxergam melhor que a gente à noite. Teria que ter me arrumado rápido, mas isso não é comigo. Demorei uma hora meia, quando deveria estar pronta em meia hora. Perdi algumas homenagens e um filme da família – infelizmente.

Mas em compensação quando cheguei lá, roubei a cena. Eu estava linda e não havia uma pessoa que não me olhasse.

Rever meus primos e tirar fotos com eles foi o que me ocupou durante um bom tempo. Jantamos e logo as músicas começaram a ficar chatas. Os mais jovens se reuniram no salão de jogos, enquanto os mais velhos dançavam um pouco mais. Com um DJ daquele estava difícil se animar.

Fui dormir por volta das duas da manhã. Eu me sentia muito bem, meu coração estava batendo feliz e nada seria capaz de fazer a minha felicidade diminuir e/ou acabar.

Domingo acordei feliz, tomei café, mas algo desandou meu dia. Um pressentimento da Juliana –muito sensitiva – dizia algo negativo sobre a cavalgada de hoje. Não com relação a mim, nem a ela, mas sim ao meu pai. Uma dificuldade, algo ruim aconteceria. Meu coração pediu que ele ficasse. Eu o implorei. Ele até se convenceu de ficar, mas não parecia-nos feliz.

Liberei-o de ir, mas fui atrás- sem a mínima vontade, com muitas dores e cansada. Correu tudo bem, fora o tombo que o Bruno levou da mula. Nada demais, ele caiu na beira do rio, mais pra dentro dele do que pra fora. Nada lhe aconteceu. Talvez o pressentimento ruim fosse com relação a ele.

Piscina, primos, almoço, conversas, risadas, caricias, cafunés, massagens, abraços, beijos, roncos, cheirinhos, apertões, discursos, homenagens, choro, bobeiras, gargalhadas, gritos, e depois da ultima reunião, arrumamos tudo e fomos para o ônibus que partiria 18h/19h. A despedida não foi a melhor parte, aliás, foi a pior, pra mim. Ao entrar no ônibus meus olhos encheram de lágrimas, mas contive o choro.

Saímos 19h20min. A primeira parada foi às 21h40min. Muito cedo, de fato. Eu não tinha fome ainda. Mas comi, afinal não sabia quando pararia outra vez.

A próxima parada aconteceu por volta de 02h30minh.

Durante todo esse tempo, apesar de ter um banco só para mim – os dois lugares- não consegui dormir sequer um segundo.

Chegamos ao rio quase 8h, tomamos café, me despedi dos meus primos, disse que os amo, pedi para não se ausentarem por muito tempo, afinal sinto falta deles e fui dormir.

Acordei 15h e passei o dia no quarto, postando no Orkut as fotos da viagem.

Em toda essa correria o que mais me chamou atenção foi que dessa vez nossa família parecia mais concentrada, mais unida, mais amiga, feliz, risonha e eu, mais do que nunca sinto que amo meus primos cada vez mais. É bom tê-los,todos, ao meu lado, assim, mesmo que apenas uma vez por ano.

Apesar de corrido, estressante e eu não ter podido fazer nem metade do que eu gostaria, foi divertido e tenho a consciência de aproveitar cada segundo ao lado dos meus primos, que, provavelmente, só verei ano que vem.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estarei ao seu lado...


Não que eu esperasse pulos de alegria e fogos de comemoração, mas que no mínimo ela fosse ficar feliz por mim. Se diz minha melhor amiga e na hora de comemorar uma conquista minha ao meu lado, ela falha.

Se ela realmente fosse minha amiga, ficaria, pelomenos, feliz com a minha alegria, presumo.Mas porque ela é tão irascível ? isso é : se estressa tão facilmente ?

Quando estou solteira, o motivo da briga é fato de eu querer ficar com meninos que não conheço bem e se estou namorando, o estresse é outro, que eu nem entendo qual seja.

Nem esboçou o mínimo ar de felicidade. Não estamos na novela das seis onde o “filho do demônio” luta de todas as maneiras, faz de tudo para ter a “santinha’’. Eu tenho certeza que se ela continuar no meu pé, ele vai “dar pra trás” e eu não estou disposta a perdê-lo depois de tudo que fiz para te-lo comigo, só comigo. E eu vou ficar na pior denovo e a culpa será dela.

Eu esperei tanto por isso, minhas amigas sabem disso, tanto que quando contei, pularam de alegria. Vibraram comigo. Ela fez a questão de sequer dizer: “que legal filha! Você conseguiu o que tanto queria. Eu sei o quanto isso é importante pra você. Vai dar tudo certo, estou ao seu lado”. Nada, nada. E ainda teve a coragem de dizer que estava de drama. Aliás, não agüento mais isso! Tudo que eu falo, dizem ser drama. Algo que vem me irritando há tempos.

Enfim... Foi tudo tão mágico. Há alguns dias eu estava percebendo que essa seria a decisão dele – afinal, ele precisava tomar uma, depois de tanto tempo instável – e ontem tive mais certeza, após ler o que ele dizia no MSN sobre a gente, sobre NÓS, sobre o que sou pra ele e o que ele sente. Preferiu que fosse à SOS.

Hoje ao vê-lo, meu coração bateu forte – mais do que o normal. A saudade pode ter contribuído para essa aceleração de batimentos, mas creio que o fato de eu saber o que aconteceria me deixou ainda mais nervosa.

Depois de muitos beijos e declarações, veio o pedido, foi lindo, perfeito, maravilhoso, fez meu coração disparar, veio dele, não podia ser diferente.

Eu me lembro até hoje do dia que eu o conheci. Foi num sábado, dia 4/10/2008, chovia e ele tocava violão, fiquei encantada.

No outro dia, passamos um churrasco inteiro conversando e depois de bastante tempo, recebi o beijo mais gostoso que já havia provado.

Quando ele me beijou, não sentia mais o chão aos meus pés e meu corpo parecia estar tão distante da minha alma que era até difícil voltar para si e terminar o beijo.

E dali em diante foi assim. Não durou muito, eu o perdi, confesso que sofri, mas quase nada se comparado a segunda vez.

Ficamos um bom tempo sem nos vermos – não queria olhar pra ele nunca mais.

Depois de alguns meses, recomeçou, ele foi até Mangaratiba, sozinho, de ônibus, de madrugada, pra me ver, me reencontrar, me pedir pra voltar – ele sabia que iria conseguir afinal depois de tudo isso, não teria mais o que dizer se não: ta perdoado.

Não durou um mês. Ele cansou de mim, enjoou, não sei. Foi o fim, pra mim, ouvi-lo dizer que não queria mais. Opção dele, pelomenos foi sincero, não me enganou, nem me iludiu quem fez isso comigo fui eu mesma. Eu tentai de todas as formas me fazer aceitar que ele não era pra mim, que eu arrumaria alguém muito melhor e nem olhar para ele eu queria, sequer encontrá-lo. Até que algumas coisas começaram a me chamar atenção, como por exemplo, o fato de eu sonhar com ele no mesmo dia que isso acontece com ele ou eu vê-lo justo no dia em que ele sentiu meu cheiro enquanto caminhava.

Do nada pensei nele num dia e ele também pensou. Começamos a contar isso um para o outro e vimos que nossas almas tem alguma ligação.

Passou o tempo e novamente, percebendo a burrice que teria cometido, foi até o rio das pedras, em um lugar que não é muito o seu estilo pra pedir pra voltarmos e voltamos.

Dia 11/07/2009. Senti que ele estava arrependido por ter me deixado ir. Assim como tenho medo de perdê-lo e não encontrar mais ninguém como ele, ele também parecia carregar esse temor.

Foi lindo, romântico, vindo dele, mais uma vez, não podia ser diferente.

Sabe, não estou disposta a estragar a minha felicidade em função das crises de ciúmes e ataques de mal-humor da minha mãe. Ela precisa estar comigo, do meu lado, sem ela não sou ninguém. Mas parece que ela é a única pessoa que eu não tenho.

Apesar disso a vida me mandou um presente maravilhoso chamado Leonardo, que tem feito meus dias mais felizes e minhas risadas mais contentes. Alem de me ouvir, me aconselhar e me ajudar, ainda é um grande companheiro. Quero poder estar com ele durante muito tempo. Sou apaixonada por ele.

Diante de tudo isso, tudo que sinto, e EU DISSE QUE SENTIA pra minha mãe, ela ainda tem a coragem de dizer : “namoro é sinônimo de problemas”, fiz questão de retrucar : “quem os cria é você”.

Claro, ela vê erro onde não há. Porque não me deixa viver em paz, simplesmente? Tá na hora sou bem grandinha.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: ela não vai estragar, nem sequer, alterar/diminuir a felicidade que estou sentindo por estar namorando o músico mais lindo que eu conheci até hoje (fora o Caco). Não só por fora. Por dentro ele é um homem encantador, irreal, maravilhoso e tem tudo que uma mulher precisa num homem. Ainda bem que é meu.

sábado, 1 de agosto de 2009

O retorno !


1 de agosto de 2009, penúltimo dia - estrada -

Acordamos em cima da hora de encerrar a hora do café – às 09h30min, acabava às 10h. Arrumamos tudo e por volta de meio dia, iniciamos a viagem.







A nossa primeira parada da viagem foi às 15h, estamos a 240 km de Linhares. Gastamos mais 30 reais no mercado só de bobagens pra irmos comendo no caminho invés de parar e perdermos tempo almoçando. Precisamos chegar a Linhares hoje, de preferência antes do anoitecer. Chegamos ao hotel da beira da entrada – o que jantamos no primeiro dia de viagem – quase 18h30min e ali nos hospedamos.


Jantamos frango e picanha com batata frita, arroz e feijão, gostoso.

Eu e Ju fomos dormir uma da manhã, mas o papai e a mamãe foram dormir cedinho.








Vou virar Índia .



Sexta feira, 31 de Julho de 2009.

Seis e meia da manhã o celular despertou e segundo a Juliana, eu xinguei e mandei desligar. Às 9h ela levantou e teve a idéia de sairmos de lá aquela hora pra chegar a tempo de pegarmos a balsa às 10h. Mas teríamos que sair sem tomar café da manhã. Até sairíamos, se não fosse a Doutora Denise Audi, que vetou a saída. Tomamos café da manhã e às 09h35min já tínhamos acabado, até daria tempo de pegar a tal balsa, mas.... No final não fomos.

Nos arrumamos e fomos conhecer a tribo dos Pataxós. Fomos recebidos por um homem velho, com um saiote, barriga flácida, mamilos com alguns pelos envolta, que de fato estavam me dando um certo nojo. Além disso, lhe faltava dentes e uma boa aula de português. Depois quem continuou a nos guiar foi um indiozinho lindo, com um sorriso encantador e uma simpatia contagiante. Não me recordo o nome dele, mas sei que era algo como Balipuan, sei lá. Minha mãe chamou o menino de “tobogan” e eu de “Bahuan”,hahahah. Não é só na família vizinha que temos alguns desligados que trocam os nomes das pessoas.


Vimos eles dançarem, demonstrando um ritual deles. No meio da “roda” tinha alguma coisa que saía fumaça e, segundo eles, era sorte, energia positiva e outro deles, ficou passando por todos que estavam envolta da toda, assoprando aquela fumaça na nossa cara. Comecei a tossir com aquilo, mas se tem algo positivo ali, eu aguento a fumaça.

Depois o moreninho me pintou como as meninas costumam fazer lá. Mulheres casadas têm uma pintura e as solteiras outra, assim como os homens. Casados: um traço horizontal no meio do rosto e em baixo deste, em cada bochecha duas listras. Solteiros: apenas um traço que vai quase de orelha a orelha com formato meio ====== assim e passa bem no meio do nariz.



Quando ele foi me pintar ia fazer a de casado ai minha mãe, sem entender nada sobre os riscos disse, logo depois que ele explicou sobre a pintura: aah, então o dela é de solteiro. Ele se espantou e perguntou: Solteira? Sim, sim... Não sou casada, mas se ele quisesse poderíamos resolver aquele problema, hahaha, to brincando. Meu coração tem dono. Após a pintura, fomos adiante atraídos pelo papagaio e conversamos com os índios. Eles são divertidos e até me convidaram pra ficar e morar lá.




Aprendi que pra casar o homem tem que passar por um teste de resistência, como: carregar nas costas um tronco equivalente ao peso da mulher – é claro, eu mesma tratei de me zoar –

“ ah, se fosse meu marido então ia morrer de dor na coluna”, todos riam e continuaram zombando, até que um deles disse : “ que isso, aqui a gente treina antes da prova acontecer. É claro que aguentaríamos. Minha mulher tem 90 kg . Ai minha mãe : “ ah, ai Thayana, pelomenos não ia morrer encalhada” até que o mesmo índio disse : “ Encalhada era a ultima coisa que ela seria. Se ela viesse morar aqui ia fazer uma fila de índios querendo casar com ela e eu serei o primeiro da fila” hahahaha. Fiquei muito sem jeito, cobri o rosto enquanto ria e até fiquei com as maçãs do rosto vermelhinhas.

Ficamos um pouco mais ali, até mesmo pelo papagaio – principal motivo.


Outra prova é encontrar um porco no meio da floresta – que seria largado lá por duas pessoas que fariam o animal se perder e vagar sem destino. O noivo teria que encontrá-lo e mata- lo. Além disso, teriam que acertar no alvo, no arco e flecha, entre outras provas.

Achei que encontraria índios horrorosos, mas me enganei. Tem alguns que são bem bonitos, só falam tudo errado, né. Imaginei pessoas nuas, cobertas apenas por tangas e/ou saiotes. Esperei mulheres com os seios a morsta, andando curvados, como macacos e falando uma linguagem fora do meu entendimento. Não que eu tenha me decepcionado, pois já havia sido preparada para o que eu encontraria naquele mesmo dia, mas confesso que gostaria de conhecer uma sociedade/tribo primitiva, que viva do escambo, caça, pesca, entre outros, pessoas desprovidas de energia elétrica, rede de comunicação – que fosse através da fumaça ainda – etc.



Legal saber que eles, quando terminam os estudos – da escola – saem da tribo para estudar e depois voltam. Costumam fazer Antropologia, Curso normal, medicina e até direito. Alguns não voltam – é o que eu faria. O indiozinho disse que ele nunca sai da aldeia, nem pra festas ou outros eventos. Devem ser doidos para terminar logo a escola e ficar livre de toda aquela prisão, sem graça e entediante.

Enfim... Depois de ver e saber quase tudo sobre os índios, fomos conhecer o centro histórico de santa cruz de Cabrália. A primeira missa foi rezada em coroa vermelha, vieram com os portugueses, os jesuítas, para catequizar os índios e aquele vilarejo que vimos hoje foi o primeiro construído no Brasil. Começaram pela parte alta da cidade, para ter uma visão mais ampla e depois foram para a parte de baixo. A igreja ali construída foi feita com apenas uma torre – representava o inacabamento desta- só assim não precisariam pagar imposto aos portugueses, afinal os jesuítas nem tinhas essa condição.


Descobri que o nome “porto Seguro” surgiu após a carta de Pero Vas de Caminha, que em uma parte, dizia que ali, naquela região tinha um porto que era seguro para ficar e se proteger, daí o nome da cidade.

O guia Don Juan nos explicou tudo sobre esse vilarejo, nos apresentou o museu e disse que nem Pedro Álvares Cabral sabia de coisas que eles sabem – descobriram depois de muitos anos.

A prisão, ali era assim: a dos homens tinha visão para o mar – seria uma tortura para eles ver o que estavam perdendo- e a das mulheres não tinha visão pra nada. Estas só seriam presas em caso de Adultério, já os homens, tinham mil e um motivos para serem presos, mas por isso, o guia, não disse nem que sim nem que não, mas não duvido nada que eles não fossem presos mesmo. Machismo! Mas as mulheres não escolhiam os maridos, eram os pais, se caso elas não gostassem deles e os traíssem, seriam presas, mas teriam o direito de refletir, ouvir sermão do padre ( afim de convencê-las de que esse é seu destino e que elas deveriam aceitar). Se ele conseguisse persuadi-las, elas sairiam caso contrário, elas permaneceriam ali.



Enfim... Depois dali, paramos no supermercado, compramos coisas para beliscar, pegamos a balsa e fomos para Santo André, conhecemos a praia de santo André, onde tem a costa brasilis, um hotel super chique, alto nível. Daí em diante eu não aguentei, estava tomada pelo sono e apesar de terem parado na estátua de santo Antônio – já nesta cidade – eu fiquei no carro. Pararam em mais uma praia e depois pegamos a balsa para voltar para o hotel. Chegamos neste por volta das 18h, nos arrumamos e enquanto eu ficava no computador, Juliana e papai dormiam.

Por volta das 21h fomos jantar a calderada de frutos do mar de dois dias atrás, que agradou muito, menos a mim, que fiquei no meu bifinho.

Paguei 20 reais para ouvir uma moça que leria meu futuro. Não falou nada demais. Minha saúde está ótima e não ha nada nela que eu precise me preocupar muito, estou próxima de uma declaração e esse, pra mim, será um mês de alianças. Saiu várias vezes a roda da fortuna e ela disse que meu futuro é de muito dinheiro, sorte, riqueza, dinheiro, fortuna, realização profissional e grande crescimento neste.

Perguntou se tenho algo a ver com justiça, eu disse que sim, afinal, tenho. E sou admirada pelas pessoas a minha volta por ser justa, não gostar de discriminação e por querer sempre a justiça.

Em cima de mim, tem muito olho gordo, não devo contar para todos sobre meus projetos e/ou planos.

Enfim... Compramos nas lojinhas e fomos para uma festa na “ilha dos aquários” – fomos de balsa até ela.



Chegamos lá por volta de meia noite, era cheia de aquários, com peixes de todos os tipos. Fiquei encantada, tirei muitas fotos e depois caímos na noite.

Assim que chegamos o assédio começou, me faziam rir. Fingia não vê-los/ouvi-los.

Ninguém conseguiria me conquistar. Ninguém! Se não me enganei na conta, por volta de uns trinta meninos tentaram alguma coisa e nenhum, nenhum conseguiu, afinal o único pra mim, está me esperando no Rio.

No bar mesmo a loira de ajeitou com um loiro, com cara de gringo, que falava com sotaque paulista, mas era de “floripa”.


Fiquei dançando sozinha, não foi muito divertido afinal estava rodeada de bêbados, pulantes e alegres, legal, mas eu não estava, afinal sozinha não dá pra se divertir muito.

Inventei nomes, falei de tudo, para esses garotos. Morei em SP, em MG, Brasília e até de campinas eu fui. Com direito até a sotaques e gestos.

Fui pra zoar, me divertir e foi o que fiz, acabou que voltamos para o hotel quase 4 da manhã.