terça-feira, 18 de agosto de 2009

conheci um homem .


Não havia lua. Infelizmente. Mas a quantidade de estrelas e a beleza que elas davam ao céu, nos envolveu tanto que a falta da lua se tornou irrelevante.

Estava frio mas o calor nos embalou, esquecemos do tempo, acho até que ele parou por alguns instantes para que pudéssemos aproveitar mais o momento. Era como se a Terra não girasse para mais ninguém, exceto para nós dois.

Não faço a menor idéia de quanto tempo passamos ali, olhando para o céu, apreciando a constelação magnífica que tínhamos o enorme privilegio de presenciar, conversando, rindo, nos beijando e acariciando.

Senti que lhe mostrei a beleza de coisas que, apesar de ele saber da existência, nunca houvera dado maior atenção e/ou importância. Como: a maravilhosa sensação de se deitar a beira do mar e olhar o céu ao lado de quem se gosta e a importância que isso tem para mim.

O frio aumentava gradativamente enquanto um acalmante, tranqüilizante, amigo, confortável e aquecedor abraço me abrigava do sereno.

Confesso que estava perdendo as esperanças de encontrar alguém assim. Ele me ajuda, me entende.

Apesar de calmo, em seu interior funcionam órgãos de um ser humano do sexo masculino (que é movido pela sua excessiva produção de testosterona - e por provocações que confesso ter feito- ), não permitindo maiores julgamentos em relação as suas atitudes quase incontroláveis. Mas mesmo com tudo isso,ele me respeita tanto que posso dizer sem duvidas que é o homem mais homem que já conheci em toda minha vida. Ele sabe lidar com uma mulher. Pensa com a cabeça de cima e não age por impulso.

Minha vontade era deixá-lo me mostrar o quanto gosta de mim. Não que eu não saiba. Mas a nossa empolgação quase me fez esquecer princípios e valores impostos pela sociedade, que eu, infelizmente preciso seguir.

A noite se foi e o dia chegou. Um domingo cujo fim recebeu a visita de um lindo céu. Composto por pássaros livres e felizes e nuvens das mais variadas cores. O sol, outrora radiante se punha, dando mais vida ao céu.

A velocidade do barco aumentava proporcionalmente a intensidade do vento. Induzindo-lhe a me proteger. Me encantou – algo não muito difícil.

Uma frase bem formulada, ou até mesmo a menor das flores – arrancada de um canteiro durante o caminho- é capaz de transformar minha fisionomia e acelerar meus batimentos, como uma menina que nunca se apaixonou- não assim, nem por alguém como ele.

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