terça-feira, 8 de novembro de 2011

Talvez o mesmo...




Todos os dias têm sido como os da semana anterior, por exemplo:
Segunda, vou pra faculdade e tenho a tarde livre, Terça, faculdade, inglês e psicóloga, quarta, Faculdade e curso de LIBRAS, quinta, faculdade, inglês e espanhol, sexta, Faculdade e o resto da tarde livre.Nada de novo acontece, tudo igual. O máximo que muda são os dias que, por ventura, não tenho aula, porque a faculdade não quer ou porque os professores decidem não trabalhar, como se isso fosse algo muito normal ou então o dinheiro que fico juntando do final de semana e do começo da próxima pra conseguir ter 25 reais na quarta e poder almoçar no restaurante Cone antes do curso de LIBRAS, já que nesse semestre, é o único dia que preciso comer fora e ainda saber administrar o resto dela com o que sobrou... Difícil! Nada mais acontece na minha vida... São as mesmas coisas, mesmas atividades, mesmas pessoas, mesmos lugares, mesma rotina, mesmo de tudo que não sai dessa mesmice entediante e enlouquecedora. Sei que tudo tem uma recompensa e que preciso aturar o mesmo, mesmo que seja chato, para no futuro, ter um mesmo mais legal, se é que me entendem... Quero ter uma rotina mais agradável e confortável, dentro de tudo que gosto e sinto prazer de fazer. Mas e essa mesmice que me mata? Agüenta! É por pouco tempo! Pouco tempo quanto? Uns 2 ou 3 anos... E isso lá é pouco tempo? Sabe o que significa três preciosos anos da vida de alguém? É por uma boa causa, tenha paciência... São só essas coisas que eu ouço.
Sei que ultimamente só tenho falado do mesmo, como no texto anterior, mas é que não tenho mais do que falar... Nada mais me encanta na beleza da vida. Pode ser –e acredito que seja- algo passageiro, mas por enquanto é assim que vejo o mundo.
Nesse momento sinto que sou apenas um grãzinho de areia no fundo da praia, com calor e seco, misturado com um montão de outros grãos que sentem o mesmo e que não fazem nada além de lutar pela sobrevivência enquanto não conseguem alcançar o mar. Cada dia é uma luta, tentando ir com o vento ou nas ondas... Sentem um respingo d’água aqui, outro ali, que os deixam mais eufóricos e entusiasmados a chegar naquele grande mar lindo e refrescante... Mas quando olham os grãozinhos lá da frente, percebem que apesar de mais confortável a posição deles, eles também precisam lutar pela sobrevivência naquele mar agitado e cheio de outros grãos sendo levados e empurrados pela correnteza e o quebrar das ondas do mar. Me sinto um grão pequeno que não sabe se segue em frente ou se fica lá atrás mesmo...
Acho que preciso relaxar um pouco, sair do mesmo e passar o final de semana em Sítio Bom, olhando aquele marzão maravilhoso, apreciando essa lua que tem feito e sentindo a brisa que tanto me encanta. Talvez eu volte a me dar conta da verdadeira beleza da vida. Talvez eu tenha esquecido o que realmente é belo, talvez eu esteja errada, mas o que mais me conforta é que talvez eu esteja certa.