Hoje, assistindo uma aula de “Questões atuais em educação
especial”, me inspirei para escrever sobre algo que eu não tenho o habito de
dar muita importância aqui nem nas minhas conversas, que são as: Questões Sociais.
Elas têm recebido muito menos atenção do que as econômicas.
Na TV, por exemplo, nos comerciais, só se vê comerciais
querendo te empurrar produtos, te fazer engolir e ouvir calada aquela voz
insuportável do cara anunciando o preço da carne pá ou assem, quilo. Essa
alienação disfarçada com o nome de entretenimento que só sabem falar em gastar
dinheiro, mover a economia de qualquer jeito.
“Abstrairei os
ataques da propaganda
E os valores egoístas que eles vêm para pregar
A mentira secular de trabalhar para viver
E a rotina angustiante de viver pra trabalhar
E os valores egoístas que eles vêm para pregar
A mentira secular de trabalhar para viver
E a rotina angustiante de viver pra trabalhar
A concorrência de
mercado e a histeria produtiva.
A sociedade de
consumo e seu sentido sem sentido
O sangue e o suor,
os povos do mundo inteiro
São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro
Mas essa forma de existência desumana e limitada
Será em breve abolida e pelo amor superada.”
São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro
Mas essa forma de existência desumana e limitada
Será em breve abolida e pelo amor superada.”
(Forfun)
Enquanto isso, as questões sociais ficam de lado, esquecidas.
Ninguém se preocupa com isso, acham um assunto chato. Não sei de que adianta
ter lei. É só um pedaço de papel e não é porque ali está escrito que você tem
que respeitar a todos igualmente, sem cuspir os negros, tratar gays de maneira
pejorativa ou qualquer outro tipo de descriminação, que você vai seguir. Tem
gente que continua presa na ignorância de destratar as pessoas pelas
diferenças. A lei só tenta obrigar um a respeitar o outro- algo que deveria ser
natural, mas geralmente é feito como obrigação. Tudo bem que: Antes o respeito,
mesmo que forçado, do que o desrespeito. Concordo! Mas as pessoas precisam
entender, que, por trás de um olhar, que muitas vezes ainda tenta aparentar
alegria, existe uma pessoa que tem tantos ou mais problemas quanto elas. Precisam
aprender que entre eles e um mendigo existe uma barreira social e econômica para
separá-los mas não sentimental. É preciso que haja compaixão, carinho,
compreensão e o principal: Respeito!
Algumas pessoas só precisam entender que a relação entre uma
pessoa classe media e um morador de rua é como a que existe entre o TER e o
SER.
Você tem, ele é. Mas ele é, pra poder ter, você tem pra
poder ser!
Se ele não FOR simpático, acordar sempre de bom humor,
pronto pra pedir dinheiro, ele não TEM nada, nem comida. E você, se não TIVER o
carro do ano, a bolsa da nova coleção, não É aquela que está sempre na moda,
com estilo.
Quer ver?!
Quem você é?
Ihh, pergunta difícil essa né...
Mas agora: O que você TEM?
Ah, muito mais fácil de responder.
Ter, por incrível que pareça (por ser difícil), é muito mais
fácil do que ser. E pra ser, ainda tem um agravante: As vezes você precisa
mudar quem você é, pra agradar um ou outro, para conquistar x e y. O que você tem não
muda, geralmente (falando em grandes posses, que mudam de dono, mas o dinheiro
que equivale a elas fica para o primeiro, logo, não muda, a não ser que você
gaste, mas isso seria outra coisa).
Quando alguém TEM mais do que É, se acomoda, vive sem abrir
um sorriso pra ninguém porque não tem necessidade de agradar. Mas vamos
combinar que não custa nada um pouco de simpatia. Agora experimenta colocar
alguém assim, que TEM mais do que É, no lugar de uma pessoa que tem que SER
muito mais do que TER, justamente para poder TER mais. Experimenta tirar tudo
que ele TEM, pra ver se ele não aprende a SER em menos de um dia! SER pra TER e
não TER pra SER.
Que pelo menos haja um equilíbrio. Numa demonstração de
respeito mutuo, cooperação e compreensão. O mundo está girando e você precisa
ir com ele. Quem fica pra trás se dá mal. Corre! O mundo não para de girar, hoje você ta em cima mas amanhã você pode em baixo ficar!
“Um fato sabido é
que o luxo só existe às custas de muita miséria e o bem-estar social é
privilégio de poucos que se pratica uma lavagem cerebral disfarçada com o nome
de entretenimento, mas mesmo diante da maior das atrocidades não
experimentaremos sentimentos como o ódio e o desprezo ao invés disso nossos
corações transbordarão amor e compaixão”.
(Forfun)