segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Questões Sociais


                                     

Hoje, assistindo uma aula de “Questões atuais em educação especial”, me inspirei para escrever sobre algo que eu não tenho o habito de dar muita importância aqui nem nas minhas conversas, que são as: Questões Sociais. Elas têm recebido muito menos atenção do que as econômicas.
Na TV, por exemplo, nos comerciais, só se vê comerciais querendo te empurrar produtos, te fazer engolir e ouvir calada aquela voz insuportável do cara anunciando o preço da carne pá ou assem, quilo. Essa alienação disfarçada com o nome de entretenimento que só sabem falar em gastar dinheiro, mover a economia de qualquer jeito.

“Abstrairei os ataques da propaganda
E os valores egoístas que eles vêm para pregar
A mentira secular de trabalhar para viver
E a rotina angustiante de viver pra trabalhar
A concorrência de mercado e a histeria produtiva.
A sociedade de consumo e seu sentido sem sentido
O sangue e o suor, os povos do mundo inteiro
São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro
Mas essa forma de existência desumana e limitada
Será em breve abolida e pelo amor superada.”
(Forfun)

Enquanto isso, as questões sociais ficam de lado, esquecidas. Ninguém se preocupa com isso, acham um assunto chato. Não sei de que adianta ter lei. É só um pedaço de papel e não é porque ali está escrito que você tem que respeitar a todos igualmente, sem cuspir os negros, tratar gays de maneira pejorativa ou qualquer outro tipo de descriminação, que você vai seguir. Tem gente que continua presa na ignorância de destratar as pessoas pelas diferenças. A lei só tenta obrigar um a respeitar o outro- algo que deveria ser natural, mas geralmente é feito como obrigação. Tudo bem que: Antes o respeito, mesmo que forçado, do que o desrespeito. Concordo! Mas as pessoas precisam entender, que, por trás de um olhar, que muitas vezes ainda tenta aparentar alegria, existe uma pessoa que tem tantos ou mais problemas quanto elas. Precisam aprender que entre eles e um mendigo existe uma barreira social e econômica para separá-los mas não sentimental. É preciso que haja compaixão, carinho, compreensão e o principal: Respeito!
Algumas pessoas só precisam entender que a relação entre uma pessoa classe media e um morador de rua é como a que existe entre o TER e o SER.
Você tem, ele é. Mas ele é, pra poder ter, você tem pra poder ser!
Se ele não FOR simpático, acordar sempre de bom humor, pronto pra pedir dinheiro, ele não TEM nada, nem comida. E você, se não TIVER o carro do ano, a bolsa da nova coleção, não É aquela que está sempre na moda, com estilo.
Quer ver?!
Quem você é?
Ihh, pergunta difícil essa né...
Mas agora: O que você TEM?
Ah, muito mais fácil de responder.
Ter, por incrível que pareça (por ser difícil), é muito mais fácil do que ser. E pra ser, ainda tem um agravante: As vezes você precisa mudar quem você é, pra agradar um ou outro, para conquistar x e y. O que você tem não muda, geralmente (falando em grandes posses, que mudam de dono, mas o dinheiro que equivale a elas fica para o primeiro, logo, não muda, a não ser que você gaste, mas isso seria outra coisa).
Quando alguém TEM mais do que É, se acomoda, vive sem abrir um sorriso pra ninguém porque não tem necessidade de agradar. Mas vamos combinar que não custa nada um pouco de simpatia. Agora experimenta colocar alguém assim, que TEM mais do que É, no lugar de uma pessoa que tem que SER muito mais do que TER, justamente para poder TER mais. Experimenta tirar tudo que ele TEM, pra ver se ele não aprende a SER em menos de um dia! SER pra TER e não TER pra SER.
Que pelo menos haja um equilíbrio. Numa demonstração de respeito mutuo, cooperação e compreensão. O mundo está girando e você precisa ir com ele. Quem fica pra trás se dá mal. Corre! O mundo não para de girar, hoje você ta em cima mas amanhã você pode em baixo ficar!




“Um fato sabido é que o luxo só existe às custas de muita miséria e o bem-estar social é privilégio de poucos que se pratica uma lavagem cerebral disfarçada com o nome de entretenimento, mas mesmo diante da maior das atrocidades não experimentaremos sentimentos como o ódio e o desprezo ao invés disso nossos corações transbordarão amor e compaixão”.
(Forfun)