terça-feira, 5 de julho de 2011

Agora eu!



É como se minha alma tivesse voltado para meu corpo.
Ahh... Eu! Que saudade que eu tava de mim.
Dos meus sorrisos sem motivos,
Das minhas piadas sem sentido,
Da minha voz cantando feliz na hora do banho,
Da minha vida organizada e ao mesmo tempo bagunçada
Do meu quarto desarrumado e das minhas gavetas arrumadas
Dos meus textos falando de amor,
Meus gostos,
Meus hábitos,
Meu céu...
EU!
Que saudade das minhas poesias,
Da minha mania de achar que a vida é uma delas e de vivê-la dessa forma.
Abraçar muito todo mundo, tomando atitudes sempre conscientes, de maneira a conseguir arcar com cada uma delas depois.
EU, EU, EU, mil vezes eu!
Como é bom olhar pra mim mesma e me reconhecer,
Olhar pra trás e não se arrepender, pois afinal... não era eu.
Eu não era mais eu mesma.
Ou era, mas num daqueles poemas bem tristes...
Que saudade de mim, de me ver dançando sem motivo,
Cantando tudo errado... conseguindo ser feliz.
Do meu jeito, meio desajeitado, mas do jeito que sempre fui.
É bom matar a saudade de mim mesma...
É bom olhar pra vida e ter certeza de que tudo passa e de que sou capaz de fazer coisas que até eu duvidava.
É bom me ver crescendo, é bom me ver pensando em me entregar, sentindo medo de tal, sentindo o peito apertado daquele jeito feliz e bom!
Sinto-me viva! Sinto-me eu!
Como nunca fui antes...
Tão eu!
Matando saudade de coisas tão simples que eu costumava fazer...
Matando saudade de mim mesma.
Uma descarga de eu mesma para mim mesma.
Uma alegria vinda de dentro de mim, para mim.
Única e exclusivamente para mim!

"Melhor pensar que não existem finais... Como se fosse possível acabar com a infeliz ilusão de um dia estagnar. O limite entre fim e começo só existe na teoria, pois na hora que um ciclo ''acaba'', é porque outro já começou.”