quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mãe ...

“Mãe, um dia eu não vou caber no seu colo nem ter medo do escuro, vou querer comer sozinha, um dia vou te pedir pra não ler mais pra mim, vou pedir que não me segure mais, que deixe eu seguir com meus próprios pés, um dia vou te pedir que solte minha bicicleta. Um dia vou pedir que me deixe bem longe da escola, no outro, que me leve até lá para agradecer a todos pelo carinho.
Um dia vou precisar que você estude comigo, que falte o trabalho para ficar 24 horas por dia me dando a maior atenção. No outro vou pedir que me deixe aprender sozinha para que eu adquira maturidade o suficiente para quando a vida me testar.
Um dia, mãe, vou pedir que você não me leve mais para todos os lados. Um dia vou ter vergonha da sua companhia, no outro vou chorar por não tê-la. 
Um dia vou te orgulhar com as minhas conquistas e nesse mesmo dia te pedir que me deixe seguir sozinha, que pare de ser minha babá e me trate como adulta.
Um dia vou sair debaixo das suas asas quentinhas e confortáveis. Grata por tudo.
Mas mãe, não fica triste. Tudo na vida muda. O amor muda. Ele cresce!”
E durante o meu pouco tempo de vida, concluí algo sábio: " Na vida só uma pessoa te ama mais do que ama a si mesma. " 
Obrigada, mãe. Eu te amo .

I think i'm falling for you



Ha 7 anos o conheci. Por dois anos, ele foi o garoto que eu queria que estivesse por perto 24 horas.
Tinhamos apenas 10 anos e cada gesto dele, me encantava. Ele diz que também era fissurado por mim, mas não levo muita fé nisso.
Ha um ano voltamos o contato que não tinhamos ha muito tempo. Ele me ligava sempre, dizia coisas lindas, até que novamente fomos nos afastando. Eu o achava meio bobo. Afinal sempre que nos viamos, ele gaguejava e não tinha coragem para dizer olhando nos meus olhos tudo o que dizia pelo telefone.
Meses se passaram e nosso contato voltou.
Novamente ele me ligava. Dessa vez com mais frequencia. Dia e noite!
Não que aquilo me incomodasse, muito pelo contrário. Parecia que ninguém me fazia mais feliz do que ele.
Parece que me conhece. Quase tudo que ele fala me agrada, faz meus olhos brilharem e minha face dar origem a um sorriso encantador.
Depois de alguns dias ele criou coragem, me chamou pra sair. Me colocou numa situação um tanto contrangedora. Não na visão dele.
Mas eu precisava ajuda-lo a alcançar um objetivo que ele tinha ha tempos, mas não conseguia agir.
Ajudei! Fui !
Com muita vergonha, mas fui. No desenrolar do dia, nos beijamos e num primeiro momento não achei que fosse o melhor beijo que já tinha dado, pelo contrário. Nem gostei tanto. Mas eu gosto tanto dele que aquele detalhe nem fez diferença pra mim.
Até porque ficamos juntos quase o dia todo e nesse tempo nosso beijo foi se encaixando aos poucos.
Vim pra casa e só pensava nele. 
Estava procurando, sem querer, ele em tudo que eu ouvia ou via. Todas as músicas, videos e fotos. Estou gostando dele, eu pensei.
Diz me amar, mas depois de tudo que passei com meu relacionamento anterior, tenho minhas duvidas sobre o que é amor. Por isso eu digo gostar muito dele, mas amar é uma palavra forte demais, porém adoro quando ele diz isso pra mim.
Dois dias se passaram e não saimos da cabeça um do outro. Dispensei todos os meninos que eu estava tendo alguma coisa. Tanto ficando quanto “por ficar”. Não quis mais saber de ninguém. Então ele veio aqui, passou duas horas comigo. Umas das mais lindas desse ano. Estamos nos dando muito bem e ele é de um tipo que eu sempre quis pra mim: Me elogia a toda hora, me faz rir e me diverte o tempo inteiro. 
Não paro mais de pensar nele. Aliás não tem nem como eu esquecer dele. Afinal me liga de minuto em minuto. Não que eu não goste, eu adoro!  Sua experiência aparenta-me limitada. É como se eu estivesse “criando” ele. Depois de perceber isso, a minha vontade de ensina-lo tudo que ele parece desconhecer, aumenta cada dia mais. Não que eu seja a pessoa mais experiente do mundo, pelo contrário. Mas ele, além de tudo é tímido e tem "medo" de agir.
Mas uma coisa está me incomodando: o futebol como prioridade.
Infelizmente não posso exigir que ele mude os habitos dele por minha causa. Ele me agrada tanto que isso acaba ficando esquecido.

Dia do alívio !



No intervalo entre uma série de abdominal e uma de quatro apoios, na academia recebi uma ligação: “ parabéns, nova pedagoga da UERJ, você passou em décimo lugar.
Meus olhos brilharam e umedeceram-se como o olhar de uma criança que deseja muito alguma coisa e finalmente ganha.
Depois de dias e noites indo e voltando da escola pra casa, de casa pro curso, da escola pro curso, entrando e saindo de salas de aula.
Depois de tanto abaixarem minha auto-estima e eu achar que não podia ir mais além, eu fui.
Dei sorte! Estudei a matéria certa, na hora certa, com o empenho certo.
“Parabéns pelos seus investimentos, pai, sua filha te deu o orgulho de passar para a UERJ em décimo lugar!”
“Mãe? Tá ocupada? Então... queria te dar os parabéns pelos seus investimentos, por ter insistido tanto em mim e em momento algum desistido ou pensado que eu sou incapaz! Chegou a hora da sua filha lhe dar o orgulho que você merece ter! Passei em 10º lugar pra UERJ!”
A festa foi geral!
Senti que orgulhei.
Recalcados nem se deram ao trabalho de dizer: parabéns! Desculpa por eu ter duvidado da sua capacidade. Você realmente brilhou, como disse que faria!
Para os que eu contei, me supreendi ao ver a “festa” que fizeram. Grande comemoração, de fato!
Os dias se passaram e dia 03/02 fui me matricular. Está tudo certo! Só preciso voltar lá dia 26/06. Em agosto eu começo. Enquanto isso, vou estudar linguas - no bom sentido. Inglês e Espanhol, quero aprender.
O meu maior medo atualmente é o contato com os meus amigos da escola, que vai ficando cada vez mais escaço.
Enfim, não é o momento de falar em tristeza! Minhas férias me aguardam, a cama, o sol, a piscina, academia, me aguardam.
Enfim me sinto, definitivamente, de férias. Aah, como é bom!
Que alívio!