“Mãe, um dia eu não
vou caber no seu colo nem ter medo do escuro, vou querer comer sozinha, um dia
vou te pedir pra não ler mais pra mim, vou pedir que não me segure mais, que
deixe eu seguir com meus próprios pés, um dia vou te pedir que solte minha
bicicleta. Um dia vou pedir que me deixe bem longe da escola, no outro, que me
leve até lá para agradecer a todos pelo carinho.
Um dia vou precisar que você estude comigo, que falte o
trabalho para ficar 24 horas por dia me dando a maior atenção. No outro vou
pedir que me deixe aprender sozinha para que eu adquira maturidade o suficiente
para quando a vida me testar.
Um dia, mãe, vou pedir que você não me leve mais para todos
os lados. Um dia vou ter vergonha da sua companhia, no outro vou chorar por não
tê-la.
Um dia vou te orgulhar com as minhas conquistas e nesse
mesmo dia te pedir que me deixe seguir sozinha, que pare de ser minha babá e me
trate como adulta.
Um dia vou sair debaixo das suas asas quentinhas e confortáveis.
Grata por tudo.
Mas mãe, não fica triste. Tudo na vida muda. O amor muda. Ele
cresce!”
E durante o meu pouco tempo de vida, concluí algo sábio: " Na vida só uma pessoa te ama mais do que ama a si mesma. "
Ha 7 anos o conheci. Por dois anos, ele foi o garoto que eu
queria que estivesse por perto 24 horas.
Tinhamos apenas 10 anos e cada gesto dele, me encantava. Ele
diz que também era fissurado por mim, mas não levo muita fé nisso.
Ha um ano voltamos o contato que não tinhamos ha muito
tempo. Ele me ligava sempre, dizia coisas lindas, até que novamente fomos nos
afastando. Eu o achava meio bobo. Afinal sempre que nos viamos, ele gaguejava e
não tinha coragem para dizer olhando nos meus olhos tudo o que dizia pelo
telefone.
Meses se passaram e nosso contato voltou.
Novamente ele me ligava. Dessa vez com mais frequencia. Dia e
noite!
Não que aquilo me incomodasse, muito pelo contrário. Parecia
que ninguém me fazia mais feliz do que ele.
Parece que me conhece. Quase tudo que ele fala me agrada,
faz meus olhos brilharem e minha face dar origem a um sorriso encantador.
Depois de alguns dias ele criou coragem, me chamou pra sair.
Me colocou numa situação um tanto contrangedora. Não na visão dele.
Mas eu precisava ajuda-lo a alcançar um objetivo que ele
tinha ha tempos, mas não conseguia agir.
Ajudei! Fui !
Com muita vergonha, mas fui. No desenrolar do dia, nos
beijamos e num primeiro momento não achei que fosse o melhor beijo que já tinha
dado, pelo contrário. Nem gostei tanto. Mas eu gosto tanto dele que aquele
detalhe nem fez diferença pra mim.
Até porque ficamos juntos quase o dia todo e nesse tempo
nosso beijo foi se encaixando aos poucos.
Vim pra casa e só pensava nele.
Estava procurando, sem
querer, ele em tudo que eu ouvia ou via. Todas as músicas, videos e fotos. Estou
gostando dele, eu pensei.
Diz me amar, mas depois de tudo que passei com meu
relacionamento anterior, tenho minhas duvidas sobre o que é amor. Por isso eu
digo gostar muito dele, mas amar é uma palavra forte demais, porém adoro quando
ele diz isso pra mim.
Dois dias se passaram e não saimos da cabeça um do outro. Dispensei
todos os meninos que eu estava tendo alguma coisa. Tanto ficando quanto “por
ficar”. Não quis mais saber de ninguém. Então ele veio aqui, passou duas horas
comigo. Umas das mais lindas desse ano. Estamos nos dando muito bem e ele é de
um tipo que eu sempre quis pra mim: Me elogia a toda hora, me faz rir e me
diverte o tempo inteiro.
Não paro mais de pensar nele. Aliás não tem nem como
eu esquecer dele. Afinal me liga de minuto em minuto. Não que eu não goste, eu
adoro! Sua experiência aparenta-me limitada.
É como se eu estivesse “criando” ele. Depois de perceber isso, a minha vontade
de ensina-lo tudo que ele parece desconhecer, aumenta cada dia mais. Não que eu seja a pessoa mais experiente do mundo, pelo contrário. Mas ele, além de tudo é tímido e tem "medo" de agir.
Mas uma coisa está me incomodando: o futebol como prioridade.
Infelizmente não posso exigir que ele mude os habitos dele por minha causa. Ele me
agrada tanto que isso acaba ficando esquecido.
No intervalo entre uma série de abdominal e uma de quatro apoios, na academia recebi uma
ligação: “ parabéns, nova pedagoga da UERJ, você passou em décimo lugar.
Meus olhos brilharam e umedeceram-se como o olhar de uma
criança que deseja muito alguma coisa e finalmente ganha.
Depois de dias e noites indo e voltando da escola pra casa,
de casa pro curso, da escola pro curso, entrando e saindo de salas de aula.
Depois
de tanto abaixarem minha auto-estima e eu achar que não podia ir mais além, eu
fui.
Dei sorte! Estudei a matéria certa, na hora certa, com o
empenho certo.
“Parabéns pelos seus investimentos, pai, sua filha te deu o
orgulho de passar para a UERJ em décimo lugar!”
“Mãe? Tá ocupada? Então... queria te dar os parabéns pelos
seus investimentos, por ter insistido tanto em mim e em momento algum desistido
ou pensado que eu sou incapaz! Chegou a hora da sua filha lhe dar o orgulho que
você merece ter! Passei em 10º lugar pra UERJ!”
A festa foi geral!
Senti que orgulhei.
Recalcados nem se deram ao trabalho de
dizer: parabéns! Desculpa por eu ter duvidado da sua capacidade. Você realmente
brilhou, como disse que faria!
Para os que eu contei, me supreendi ao ver a “festa” que
fizeram. Grande comemoração, de fato!
Os dias se passaram e dia 03/02 fui me matricular. Está tudo
certo! Só preciso voltar lá dia 26/06. Em agosto eu começo. Enquanto isso, vou estudar linguas - no bom sentido.
Inglês e Espanhol, quero aprender.
O meu maior medo atualmente é o contato com os meus amigos
da escola, que vai ficando cada vez mais escaço.
Enfim, não é o momento de falar em tristeza! Minhas férias
me aguardam, a cama, o sol, a piscina, academia, me aguardam.
Enfim me sinto, definitivamente, de férias. Aah, como é bom!
Eu falo sem pensar, sou sincera e transparente. Não nasci para disputar nem guardar a minha opinião, mas sim para conhecer e aprender cada dia mais com/sobre as pessoas ao meu redor, através da liberdade e com amor. Não ligo para marcas e preços, me apego rápido, me iludo fácil, não suporto qualquer tipo de discriminação e não vivo sem internet. Eu queria poder falar tudo que penso, na hora que eu quero, mas como nem sempre é possível, prefiro escrever ( devido ao meu excesso de sinceridade). Tenho um certo receio do que possa sair nessas palavras ditas por impulso e sem um grau de avaliação adequado. Não me importo com quem vai ler, nem se vai gostar. Não estou aqui para agradar a ninguém, muito menos para desagradar. A questão é que, como se trata de algo pessoal, lê quem quer, comenta se gostar. Não perca tempo com futilidades. Coloque um pouco de conteudo na sua cabeça, sabe porque ? PORQUE TEM GENTE QUE AINDA PENSA :P