sábado, 31 de dezembro de 2011

Reflexão

Até que chega o momento em que você percebe que está tudo errado. Você está se declarando porque os outros aconselham e está se dando mal. Suas amigas não param de dizer: vai fundo! e sua mãe: Cuidado! Você se da conta de que quem você quer ainda está muito distante e todos os planos que vc tinha pra “nós dois” estam sendo crucificados por uma ideologia boba que vc não concorda. Você percebe que nada do que vc fez valeu a pena e quer voltar atrás até o dia em que você ainda não gostava dele para ter a chance de segurar seus sentimentos. Era só não ter acreditado nas “piadinhas” que ele fazia e nas “cantadas” que ele te dava, que no fundo nem deviam ser cantada mas você é tão maldosa que nem aquilo escapou. Chega essa hora em que você percebe que o ano acabou, ele não está com você e sua família também está distante. Ele está ao seu lado mas não como vc gostaria, te dando amizade quando vc quer amor, como quem oferece pão a quem morre de sede. Você se dá conta de que podia ter ido mais longe e não foi por medo mas como já dizia o mestre Shekispire “nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder a felicidade que poderiamos ganhar se não fosse o medo de tentar”. Mas eu tentei e há testemunhas de prova. Eu fui até além de mim pra isso. Chega um momento na sua vida, que você olha pra trás e se orgulha de si porque mesmo não tendo chegado ao final pra conseguir o que queria, você tentou, se esforcou. A vitória ou derrota é só uma consequencia e o mais dificil é compreender isso mas depois que você compreende, também, tudo se torna mais simples.
Existe um momento nas nossas vidas em que percebemos que tudo poderia ter dado certo se não fosse a nossa cabeça que fez o favor de distorcer tudo. Você simplesmente sonha com vocês dois em baixo da coberta, ele te fazendo cafuné e dizendo que quer você pra vida inteira. Você nem sabe se gosta tanto assim dele mas sabe que é capaz de amar alguém tanto que o queira para todo o sempre! Esse papo de viver sozinho é furada, isso não existe, eu quero é ter alguém pra dividir comigo os melhores momentos. Se não que graca tem a vida sem amor? O amor é tudo! Antes de dormir, você olha pra cima e pensa: O que ele deve estar fazendo agora? E comeca a lembrar daquele olhar que você não consegue encarar por mais de 3 segundos e aquele abraço que, sem jeito, você nem consegue dar direito… Pra não dar pinta. Daquele sorriso que você não esquece, daquela frase que ele sempre te diz antes de sair, que faz seus olhos brilharem e sua cabeca pensar: Quero ele pra mim!
Mas nada disso é real. Ele pode ser tudo isso mas jamais será seu e quando a sua ficha cai… Esse é o momento em que se sofre mais. Mas a minha ainda não caiu. Eu posso fazê-lo mudar de idéia… Não vou sofrer se ele não sair de perto de mim, do contrário, sim, sofrimento garantido!
Chega então o momento da sua vida em que você para pra refletir sobre tudo que aconteceu e sobre coisas que você sabe, ou pelo menos supõe que vão acontecer e mesmo que sejam negativas, você não move um centimetro dos seus planos pra tentar alterar o futuro. Claro! Você quer arriscar, quem sabe consiga?! Só não espere algo diferente de você dizendo mais adiante: “Eu podia ter parado ali, porque fui querer continuar com essa fantasia da minha cabeca?” E o dia em que você souber responder a si mesma que é porque você é ser humano, que quer aprender arriscando, errando e acertando na tentativa de ser feliz, aí sim você estará pronta para vivier um grande amor.
E basta por hoje… Já me expliquei demais!

73diasnaflorida!









Agora eu to na florida e já faz 15 dias. Abandonei esse blog... Mas foi sem querer, é que estou postando mais no outro. Mas bem, novidades sejam atualizadas: Vim aqui pra fazer um curso de inglês e estou na casa do Cesão, amigo da minha mãe. Está bem legal apesar de eu estar passando por certas dificuldades como: Habitos de alimentação, horário de dormir e acordar, prática de esportes, barulhos ( porque aqui a casa é pequena, estou acostumada a morar em casa grande e pra mim, nenhum barulho tá alto), etc.
Minha vida anda meio conturbada. Estou apaixonada e não sei se tem futuro... Passei o natal longe da minha família, hoje é o ultimo dia do ano e ainda estou longe deles. O curso só começa semana que vem e até lá isso aqui vai ser/ tem sido uma tortura porque eles dormem oito da noite e acordam 4 da manhã. Complicado! Se eu passo das 9 na cama, tomo esporro, se como fritura, torcem o nariz, se falo uma besteira, arregalam os olhos. É difícil mas a vida está me ensinando que é melhor der assim dentro de uma casa com pessoas que te tratam bem, do que pelo mundo a fora. 
Bem, a Meg tem sido uma amigona, me veste, me penteia, me arruma, me paparica, tira fotos... Ela me adora e eu também!
Quero que o curso comece logo pra eu não precisar estar tanto dentro de casa. Espero que tudo melhore!
Básicamente isso, desde o ultimo texto em que eu ia pra casa da Taniucha (acho que é assim que se escreve) mas ela não quis me receber, falou pro meu pai que era melhor procurar uma agência pra intercâmbio. Bem... Se eu quisesse, eu tinha feito isso ao invés de pedir alguma coisa pra alguém. Mas tudo bem! 
Hoje comprei um Bob Esponja de pelúcia e estou feliz por isso, hoje disse que amo o Fernando quando ele me perguntou... ele só sorriu e eu preferi não perguntar sobre ele. Podia deixá-lo sem jeito de dizer que não.


Até o presente momento está tudo aqui!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mergulhando em queda livre...





Me trouxe novamente inspiração e me disse o que eu precisava ouvir. Me deu a atenção que eu necessitava naquele momento e me mostrou o quanto posso ser mais do que pensei que pudesse. Mas ao mesmo tempo me fez ver que nem tudo é como parece ser. Ele veio como se quisesse me ter e depois fala como se jamais tivesse demonstrado intenção parecida.
Estou confusa... Eu sou confusa. Todo novo me atrái e toda expectativa ou possibilidade de amor, me prende.
Ele fala como se não fosse normal eu me apaixonar. Por alguém como ele? Complicado, eu confesso...
Andei me ferindo, me magoaram, fui traída... Mas dei a volta por cima e apesar de uns estresses e desentendimentos, aqui estou eu, querendo mais que tudo passar meu tempo com ele e só com ele. Ignoro o resto e só quero ouvir o que ele tem pra me dizer.
Agora, surgiu essa viagem repentina... Talvez eu vá passar minhas férias de fim de ano em Atlanta (EUA). Dizem que lá é muito frio mas estou super ansiosa pra ver se tudo isso vai dar certo. É bom porque vou aprender um “novo” idioma, talvez até volte fluente no inglês e vou comprar meus aparatos eletrônicos que tanto queria. Tudo bem, pode ser muito legal mas e Cajati? E o Rafa? Que abandono cruel, que fase horrível, que escolha difícil, que decisão torturante.
Não comecei o texto falando do Rafa... No final eu digo de quem estou falando mas com ele, não sei se é concreto. Sinto algo além de amizade, tenho vontade de estar com ele a todo instante mas não me bate aquela saudade que as vezes sinto do Rafa, quando estamos longe. Tudo bem que não é a relação mais concreta do mundo, mas pelo menos já o beijei, já tivemos momentos de carinho, etc, com ele, nem chegou perto disso.
São sentimentos diferentes e tudo que consigo pensar é que jamais poderei ter algo sério com ele, afinal, sou ex do amigo dele e isso, pra ele, impede tudo. E qual é o problema? Ficaria um clima pesado mas eu nem ligo. O importante é ser feliz!
Nada me prende aqui, posso fazer as malas e ir correndo congelar na neve de Atlanta mas apesar de querer ir sozinha pra treinar o Inglês, queria que ele fosse comigo, pra me dar base, pra me amparar, pra ser o homem que eu queria. Ele tem tudo pra ser tudo que eu quero, é exatamente do jeitinho que me completa e se estou sentindo alguma coisa além de amizade, eu não sei mas ele está avisado: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!
Mas aí me pergunto: Porque só escrevo textos bons quando estou gostando de alguém? As pessoas me inspiram! Deve ser por isso que minha mãe me chama de Maria-vai-com-as-outras. Nesse caso, sou mais dependente de felicidade pra escrever textos do que pela saco de alguém.
Mas é isso... Meus últimos dias tem sido de saídas, noitadas, amigos, bebida, cigarro e muita alegria... Mas não AQUELA felicidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sou chata, denovo!

Tá, eu admito, às vezes perco a cabeça, saio de mim, falo o que não devo e depois sempre me arrependo, mas é que parece que as pessoas que mais me conhecem, são as que menos sabem sobre mim e isso me incomoda demais. Parece que não fazem questão de saber. Não se importam...
Eu sou chata, intransigente às vezes, sou estourada, me irrito fácil, não gosto que me encoste, detesto dormir abraçada, sei lá, me sinto presa, me dá calor, odeio que me acorde cedo num dia que posso acordar mais tarde, não gosto de falar ao telefone por mais de dez minutos, gosto de ter paz, não ligo se não tiver arroz e feijão, mas faço questão do meu bife. Não me importo se não vou comer pão de manhã, mas gosto de tomar café, não ligo se vou ter que passar o dia sem comer nada para economizar calorias, meu café de manhã tem que levar açúcar. Sim, sou chata, sou impaciente e pequenos detalhes me incomodam muito. Mas ao mesmo tempo, dependendo do que for, me fazem abrir o maior dos sorrisos. Não me importo de dormir tarde, mas tem que estar tudo escuro e com calor, não consigo. Sou insegura, inconstante e bipolar mas adoro receber elogios... Me renovam e me fazem pensar que não sou tão ruim assim- aparentemente.
Adoro fazer boas ações e ver as pessoas se importando em ser caridosas. Me abala... 
Odeio que pergunte sobre a minha rotina, estando dentro dela há mais de um ano. Como pode não lembrar de algo tão simples? Adoro abraços, beijos, carinhos e mimos mas com limites. Trato as pessoas com amor, mas quando me irrito, não meço minhas palavras.
Sim, mais uma vez repito, eu sei que sou chata, mas é que quando tenho uma opinião formada sobre alguma coisa, nada me faz mudar de idéia, a não ser que haja um argumento muito convincente.
Às vezes sou meio grossa, depende da época do mês, muitas vezes agrido por nada as pessoas, mas quase sempre peço desculpas. Engulo muita coisa também e vivo perdoando.
Eu gosto de ter alguém pra me acalmar e dizer que vai ficar tudo bem... E gosto de fazer o mesmo.
Não sou alguém fácil de conviver, sou chata, sou metódica e meio certinha. Careta também, tinha esquecido...
Tento mudar, principalmente com pessoas que gostam de mim e fazer de tudo pra tentar me compreender mas é difícil pra mim. Preciso que a pessoa concorde comigo, então, dou todos os meus argumentos e no final, se ela não concordar, simplesmente digo: “Então faça do seu jeito que eu faço do meu” e assim acontece. Mas antes de chegar nesse ponto, falo e ouço, falo e ouço, falo sem pensar, falo besteira, coisas que magoam e ouço o que me deixa triste. Adianta? Não, no final a gente nunca vai concordar mesmo. Não nesse caso...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O que é chato pra você pode não ser chato pra mim.



“Nossa! Como você é chata.”
Aqui em casa é só o que eu ouço. Mas sabe porque me acham chata? Porque não sou hipócrita de concordar com tudo. Sou ousada de discordar e expor minha opinião. Outras pessoas não me acham chata porque muitas vezes deixo pra lá, não falo nada para não ser chata, justamente, mas aqui em casa é o lugar onde posso me expressar, creio eu e só porque discordo de alguma coisa ou coloco algo que eu não quero que aconteça, eu sou chata e metida a isso ou aquilo. Defender um amigo de um tratamento pejorativo que estão tendo em relação à ele é ser chata, dizer que não quero que use uma toalha que eu gosto para secar o cachorro, é ser chata, querer que não me acordem a toa quando não tenho aula, é ser chata. Pro pessoal aqui de casa, tudo estou sendo chata mas são coisas que eu simplesmente não concordo e não consigo guardar comigo. O pior de tudo é que começam a distorcer tudo que eu disse e tentar usar conta mim. Isso me irrita ainda mais!
Não faço nada na intenção de ser do-contra ou algo do tipo, simplesmente gostaria de ter a liberdade, pelo menos na minha casa, de expor meus pensamentos sem ser tão julgada.
Chato é ter que guardar o que pensa até entre a sua família. Se for pra não expor minha opinião, vou viver calada, quieta e todos vão perguntar porque-está-tão-quieta? E quando eu disser tudo o que me incomoda e me faz ficar quieta, vão dizer puxa-você-é-muito-chata, enquanto reviram os olhos.
E aí, a culpada sou eu de não concordar com tudo o que dizem, de falar demais, de reclamar de tudo, de ser picuinha e arrumar motivo pra me estressar. Tudo bem... Serei menos “chata” daqui pra frente. O recado ta dado. Percebi hoje na hora do jantar que, ao invés de tentarem ouvir o que eu tinha pra dizer, acharam muito mais divertido ficar sacaneando meus amigos. Legal! Eu não disse o que tinha pra dizer, me estressei e ainda ouvi um monte de desaforos. Podia ter dormido sem essa... Da próxima vez, prometo concordar com tudo só pra agradar. 
Ainda bem que esse final de semana vou pra Sitio Bom, relaxar muito e não me estressar com nada, eu espero!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Talvez o mesmo...




Todos os dias têm sido como os da semana anterior, por exemplo:
Segunda, vou pra faculdade e tenho a tarde livre, Terça, faculdade, inglês e psicóloga, quarta, Faculdade e curso de LIBRAS, quinta, faculdade, inglês e espanhol, sexta, Faculdade e o resto da tarde livre.Nada de novo acontece, tudo igual. O máximo que muda são os dias que, por ventura, não tenho aula, porque a faculdade não quer ou porque os professores decidem não trabalhar, como se isso fosse algo muito normal ou então o dinheiro que fico juntando do final de semana e do começo da próxima pra conseguir ter 25 reais na quarta e poder almoçar no restaurante Cone antes do curso de LIBRAS, já que nesse semestre, é o único dia que preciso comer fora e ainda saber administrar o resto dela com o que sobrou... Difícil! Nada mais acontece na minha vida... São as mesmas coisas, mesmas atividades, mesmas pessoas, mesmos lugares, mesma rotina, mesmo de tudo que não sai dessa mesmice entediante e enlouquecedora. Sei que tudo tem uma recompensa e que preciso aturar o mesmo, mesmo que seja chato, para no futuro, ter um mesmo mais legal, se é que me entendem... Quero ter uma rotina mais agradável e confortável, dentro de tudo que gosto e sinto prazer de fazer. Mas e essa mesmice que me mata? Agüenta! É por pouco tempo! Pouco tempo quanto? Uns 2 ou 3 anos... E isso lá é pouco tempo? Sabe o que significa três preciosos anos da vida de alguém? É por uma boa causa, tenha paciência... São só essas coisas que eu ouço.
Sei que ultimamente só tenho falado do mesmo, como no texto anterior, mas é que não tenho mais do que falar... Nada mais me encanta na beleza da vida. Pode ser –e acredito que seja- algo passageiro, mas por enquanto é assim que vejo o mundo.
Nesse momento sinto que sou apenas um grãzinho de areia no fundo da praia, com calor e seco, misturado com um montão de outros grãos que sentem o mesmo e que não fazem nada além de lutar pela sobrevivência enquanto não conseguem alcançar o mar. Cada dia é uma luta, tentando ir com o vento ou nas ondas... Sentem um respingo d’água aqui, outro ali, que os deixam mais eufóricos e entusiasmados a chegar naquele grande mar lindo e refrescante... Mas quando olham os grãozinhos lá da frente, percebem que apesar de mais confortável a posição deles, eles também precisam lutar pela sobrevivência naquele mar agitado e cheio de outros grãos sendo levados e empurrados pela correnteza e o quebrar das ondas do mar. Me sinto um grão pequeno que não sabe se segue em frente ou se fica lá atrás mesmo...
Acho que preciso relaxar um pouco, sair do mesmo e passar o final de semana em Sítio Bom, olhando aquele marzão maravilhoso, apreciando essa lua que tem feito e sentindo a brisa que tanto me encanta. Talvez eu volte a me dar conta da verdadeira beleza da vida. Talvez eu tenha esquecido o que realmente é belo, talvez eu esteja errada, mas o que mais me conforta é que talvez eu esteja certa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nada novo, denovo!



Dessa vez não é falta de tempo nem de assunto, é só uma abdução repentina da minha inspiração de escrever.
Ando meio alienada, desligada e continuo de mal com a vida no que diz respeito a escolhas, compromissos, etc.
Independente desse primeiro passo pra realização de um dos meus maiores sonhos, continuo desestimulada. Talvez por causa da auto-estima ainda, não sei.
Não quero mais pensar em nada, queria poder me livrar de todos os meus compromissos e não ter que dever satisfação a ninguém mas como isso é quase impossível, vou continuar correndo atrás dos meus sonhos, afinal são eles que movem o ser humano. Considero que uma pessoa morre quando ela para de sonhar e não quando para de respirar. Logo, por eu não estar morta e nem querer parecer uma, vou lutar para alcançar meus objetivos.
A vida continua e apesar das dificuldades é preciso seguir viagem porque uma hora ela acaba e quero ter muitas histórias pra contar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mas e eu?


Minha mente anda meio vazia, ando um pouco desanimada e tudo que tenho feito é pensar no que está por vir. Nada me faz parar de imaginar, planejar, visualizar o que está por acontecer comigo, no meu futuro. É tudo tão incerto e ao mesmo tempo empolgante. Tudo é tão complicado e requer um trabalho tão grande... Isso me estimula tanto, enquanto acaba por me fazer às vezes pensar em desistir.
O futuro está tão distante. Sei que algo me aguarda e algo bom, eu sinto...
Mas me sinto responsabilizada por coisas que não pedi pra acontecer e nem tenho culpa de, por ventura, ter acontecido. Estou me sentindo pressionada e cobrada por algo que, em momento algum me disseram que eu teria que assumir.
Cuido de mais das pessoas, faço demais pelos outros, penso o tempo todo em tudo que vai ser melhor pra você e esqueço de mim. Minha psicóloga diz que sou boazinha demais e só sei dizer sim. Seja por pena de dizer não ou por vontade de dizer sim pra deixar a pessoa mais feliz.
Eu não pedi e nem aceitei assumir certas responsabilidades das quais estou sendo incumbida de tomar frente.
Hoje me senti meio sozinha apesar de ter passado o dia rodeada de pessoas que gostam de mim, que me dão atenção e inclusive disputam por ela.
Mas me senti sozinha porque falo demais e quase não há quem goste ou queira ouvir sem que se disperse ou fale de outro assunto no meio do meu desabafo. Até minha psicóloga fica me interrompendo. Quero poder falar, falar, falar, falar, e no final, quando eu acabar, ouvir uma palavra de consolo mas apesar de muitas vezes eu até ouvi-la, sinto falta de uma atenção exclusiva. Deve ser carência, não sei...
Bom, mas como eu vinha falando no começo do texto... Minha faculdade não me estimula mais em nada, o meu curso está um saco. No espanhol, desanimei ao ouvir que o melhor lugar pra se fazer intercâmbio na minha área, é a frança. Com relação ao inglês, ele me deixa um pouco pra baixo quando vejo que tenho tanta dificuldade. Em LIBRAS, sei lá... Desencantei. Academia nem se fale. Se eu pudesse não entrava numa nunca mais. Estou cansada de querer e tentar emagrecer e continuar gorda.
Perdi o foco, to sem rumo, não quero mais intercâmbio, não quero pedagogia, não quero amigas me cobrando presença e atenção, não quero mais discutir com a pessoa que passou quase a minha vida inteira sendo a melhor das minhas melhores amigas, não quero mais ter que dar satisfação pra uma e me desculpar quando quero sair com a outra. Quero também poder juntar todas elas sem que haja um desentendimento. Quero poder agradar e ser agradada, afinal, só vejo isso, vindo da minha parte. Eu agrado, eu prezo, eu ajudo, eu cuido. Mas e aí, quem vai cuidar de mim? 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Thayana Audi




É, definitivamente eu não nasci pra isso! Não consigo ter um relacionamento tão íntimo com alguém e no dia seguinte, simplesmente, fingir que nada aconteceu. Não consigo não pensar, não lembrar e nem querer cobrar. Talvez pela minha criação ou de repente pela minha índole mesmo. Não sei... Podem me chamar de careta, antiga, quadrada, o que for, mas eu prefiro pensar que cada um é de um jeito e esse é o meu.
Eu bem que tentei. Confesso que tentei! Até mesmo pra ter certeza do que eu queria e pra saber quem eu sou. Pra me conhecer...
Fiz coisas que iam além dos meus princípios, me traí e me machuquei. Algumas vezes, inclusive. A princípio, me arrependi e muito. Pensei em tudo que meus pais me ensinaram, recapitulei o que aprendi sobre valores e me dei conta de que eu não havia sido criada pra fazer esse tipo de coisa. Fiquei chateada, mas hoje vejo que tudo que fiz valeu como experiência. Tudo bem que eu não precisava ter passado pra saber o quão horrível seria ser tratada como um objeto. Até tentei fazer o mesmo, mas não deu certo. Não consigo fazer isso. As pessoas sentem, os objetos não.
Era melhor que eu tivesse aprendido com o erro dos outros. Eu sei! Mas eu sou do tipo de pessoa que tem que dar com a testa na parede pra saber. E por mais que se machuque, vai se sentir feliz por ter descoberto, por si própria, que aquela parede é realmente muito dura.
Pode ter um milhão de pessoas com o discurso de ah-é-muito-mais-inteligente-aprender-com-o-erro-dos-outros, mas eu não sou assim.
Depois de tudo que me fiz passar e de todos os papéis que me prestei a fazer, descobri (ou melhor, reforcei o que eu já achava) que eu sou romântica demais pra fazer esse tipo de coisa. Eu gosto de compromisso, gosto que me ligue, que mande mensagem, que busque falar comigo... Eu gosto de ter alguém do lado, gosto de ser de um só. Eu gosto disso e não vou ficar “errando” pra não ouvir X ou Y dizer que sou muito boba.
Penso sim em estudar, correr atrás, aprender, pra ser bem sucedida, ganhar meu próprio dinheiro e viver sem depender de ninguém mas ao mesmo tempo, me imagino fazendo tudo isso ao lado de alguém. Que planeje seu futuro ao meu lado também. Alguém que me ame e goste de estar comigo. Não sou macaco pra ficar pulando de galho em galho e nem galinha pra ficar ciscando cada hora em um terreiro. Sou um ser humano de carne, osso, gordurinhas, pneuzinhos e um coração enorme que apesar de caber muita gente, não dá a mesma liberdade pra todos. Eu sou assim, vou fazer o que?!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ando de mal com a teoria!


Ah, podem dizer que depois melhora, que eu estou me precipitando ou qualquer outra coisa do gênero, mas eu, sinceramente, estou farta de tantas teorias. Chega a ser maçante. Tudo tem teoria e ela sempre é perfeita. Até parece que se eu for professora vou ter sempre alunos homogêneos, comportados, maravilhosos...
Até parece que se eu for trabalhar numa empresa, vou ter o melhor chefe, os melhores companheiros de trabalho. Até parece que tudo na pedagogia hospitalar, também é lindo. Pelo contrário. Deve ser horrível! Ainda mais para uma pessoa tão sentimental como eu. Mas osso eles não ensinam: A convivência, a relação com as pessoas, a aceitação, o psicológico, etc. Claro que não ensinam, sabe por quê? Porque isso é prática! E este é um nome que não se encontra no dicionário do currículo de pedagogia até, pelo menos, o quinto período. Sei que preciso ter paciência, que uma hora vou chegar lá, que não falta muito, sei de tudo isso. Mas cansa!
Eu to cansada de tanto aprender e nunca aplicar. E como tenho aprendido...
Tem horas que sinto que minha cabeça vai explodir, que minha massa cefálica vai toda pelos ares e vou enlouquecer.
Tudo bem que eu-que-quis-assim-então-agora-eu-que-aguente, eu sei! Eu que escolhi fazer tantas coisas, mas é que eu sou do seguinte princípio: Não à perda de tempo.
Tenho horror em perder meu tempo com coisas que não vão me acrescentar. Tudo que tenho feito é visando o futuro. Sempre algo a longo prazo. Claro que, mais uma vez, na teoria, né, afinal, não posso garantir que depois que eu terminar os cursos, vou sair por aí dando aula de inglês, espanhol e trabalhando perfeitamente com surdos. Então, é tudo teoria...
Eu ando de mal com ela! Não quero mais ouvir seu nome, quero passar longe e mandar ela ir de reto para o quinto dos infernos.
Preciso aplicar, mas pra isso, teria que trabalhar e essa é uma palavra, que hoje, não faz e não pode fazer parte do meu dia-a-dia. Não tem como, na verdade. Apesar de eu querer muito ganhar meu dinheiro, arcar com meus caprichos, prefiro dar mais atenção e me focar mais no que, possivelmente, vai me fazer ganhar mais, no futuro. Mas, mais uma vez, isso é um projeto futuro. Tudo teoria...
Mas que saco! Essa tal de teoria anda me perseguindo. Resolveu colar em mim com super bonder. Credo! Sai de mim, coisa chata!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma hora a ficha cai

Ele me deu um pé na bunda. E doeu. Fiquei sem entender direito o motivo. Tudo parecia bem. A gente parecia bem. O mundo parecia um lugar bonito e seguro. Eu parecia bonita e segura. E de repente as coisas mudaram. Ficou um vazio grande no lugar dele. Ficou uma sensação de perda dentro de mim.
Na hora em que o calo aperta e o coração quase derrete não adianta falar de tempo. Enfia o tempo no bolso e sai daqui! Não quero saber se o tempo cura, não quero ouvir que ele é o melhor remédio para todos os males. Não quero sair, não quero conhecer gente nova, não quero achar novo amor. Aproveita e enfia o novo amor no bolso também.
Eu quero é ele. Ele, ele, ele. É que não tem ninguém igual. É que não vai ter sentimento igual. É que não vai ter outra pessoa que seja assim, tão única, tão perfeita, tão, tão...sabe? Não vai ter, eu sei. Eu sei e todo mundo sabe, não sei por qual motivo, razão ou circunstância ficam me enrolando e tentando me passar a perna com esse lance de o-que-é-seu-tá-guardado.
Tenho certeza que ele é a minha alma gêmea. Eu nunca acreditei nisso. Até conhecer aquele homem. Meu Deus, ele é a metade da minha laranja. Por ele eu mataria e morreria. Por ele eu seria sempre melhor. Por ele eu seria até capaz de virar Amélia, a mulher de verdade. Por ele. Ele, que fez com que eu entendesse o amor. Ah, o amor. Aquele cretino. Aquele safado. Aquele ordinário. Aquele sem vergonha que faz a gente entregar o coração e acabar de mãos abanando e sangrando.
Nunca mais vou amar ninguém. Não quero. Não vou. E não adianta você voltar com aquela história do tempo. E não adianta querer me levar pra sair, pra conhecer gente, pra esfriar a cabeça. Não quero saber de toda aquela baboseira de cortar o cabelo, renovar o guarda-roupa, começar a malhar, frequentar novos lugares, mudar velhos hábitos, incrementar o dia a dia. Não quero saber de tudo aquilo que as mulheres fazem para tentar achar A Cura.
Não quero me curar. Quero beber todo dia uma vodca barata. Ou cara, depende do dia do mês. Quero beber e ficar sozinha. Prometo que não vou encher os ouvidos das amigas, das colegas de trabalho, dos amigos gays, da vizinha do andar de cima, da minha mãe. Prometo que nem vou buzinar nos ouvidos do terapeuta. Juro que me comporto. Fico eu, o pouco de sanidade que resta, o copo sempre cheio de vodca, algumas lágrimas e um punhado de recordações. Quero isso. Quero a depressão. Quero a fossa. Quero me acabar. Quero ficar arrasada para sempre. Quero ficar pensando nele o dia todo. Recordando cada momento que passamos juntos. Não quero saber de me entupir de chocolate e carboidratos. Vou fazer greve de fome até morrer. E antes vou deixar um bilhete: morri, seu idiota. Morri.
Acho que agora estou entrando naquela fase da raiva. Aquela em que a gente imagina o cara de terno e gravata fazendo cocô. Aquela em que a gente começa a pegar nojinho. Aquela em que a gente usa todos os palavrões para definir o infeliz. Aquela em que a gente sai da fase da música de corno para cantar bem alto “I’m Every Woman” de braços abertos, abraçando o infinito, até ficar rouca e louca.
Guardei as fotos em uma caixa e escondi ela no fundo do armário. Melhor deixar longe. Melhor não ver. Melhor parar de fuçar no Facebook. Melhor deixar de seguir no Twitter. Melhor deletar o telefone do meu celular. Melhor não dar uma espiada na vida da ex. Não quero mais saber o que ele come, se sente frio, se reatou com a antiga namorada, se continua lindo de morrer, se acabou comprando aquele tênis que eu disse que combinava com ele. Não quero saber nada disso. Quero virar autista e fingir que ele nunca existiu. Assim sofro menos. Assim vivo mais.
Hoje eu reparei que as olheiras diminuíram. E que deixei de chorar. Me achei mais corada. Menos pálida. Mais bonita. Uma beleza melancólica. Tem um pouco de tristeza nos meus olhos. Mas vou me maquiar. Senti vontade de me arrumar. Pra mim. Para meu espelho. Pra me animar. Uma amiga me convidou pra um happy hour. Vou. Uns caras me olharam, me senti mais mulher, me senti bem. Quase não lembrei dele.
Estou trabalhando bastante. É bom ocupar a cabeça. Parei um pouco de beber. Arrumei minhas gavetas. Joguei umas coisas fora. Decidi limpar as coisas por aqui. Acendi um incenso. Dancei sozinha na sala. Ri. Fui na padaria. Comprei pão francês e queijo cottage. Decidi dar uma volta no Ibirapuera. O dia está tão lindo. Encontrei uma velha conhecida. Conversamos. Marcamos um sushi para o dia seguinte.
Fui jantar com a velha conhecida. Me diverti. Voltei pra casa, assisti um filme bobo, lembrei dele, chorei, sequei as lágrimas e me perguntei: por que estou chorando? Entrei no Facebook e vi uma foto dele com uma mulher peituda. Chorei mais. Dormi chateada e pensei isso-nunca-vai-passar.
Comecei a caminhar todos os dias pela manhã. É melhor, vou para o trabalho com mais ânimo. Um cara bem interessante caminha por lá também. Não usa aliança, está sempre sozinho, ouvindo música e com o olhar longe. Parece eu.
Me distraí. Esbarrei no cara. Ele se desculpou e sorriu. Nossa, que sorriso bem lindo. Senti uma coisinha no peito. Sorri de volta e segui andando. Na outra volta encontrei ele de novo, que sorriu mais uma vez. Para, que vou morrer aqui. Na outra volta eu já estava cansada, mas ansiosa por aquele sorriso. Ele sorriu. Me derreti. Parecia uma abobada. Voltei pra casa.
No outro dia acordei feliz da vida, o cara sorridente ia estar lá de novo. E estava. E sorriu. E sorri. E ficamos nessa por uma semana. Até que ele pediu meu telefone, eu dei e ele me ligou. Quer ir ao teatro comigo? Quero. Enquanto eu me arrumava ele me ligou. Ele, que me deu um pé na bunda. Não atendi. Sorri. E tentei lembrar a última vez que lembrei dele. Não consegui.
Talvez eu volte a acreditar no amor de novo. Talvez eu nunca mais sofra. Talvez. A vida é cheia de “talvez”, mas uma coisa é certa: o tempo ajuda. E não adianta você dizer que não e tentar lutar contra isso.

(Clarissa Correa) 
Mais uma vez, falando por mim.

Universo pela tela



A internet, entre outras tecnologias atuais ligadas a ela, trouxe e tem trazido muitos pontos positivos. Mas assim como a invenção do avião, há séculos atrás, que teve a intenção de trazer benefícios e acabou trazendo alguns malefícios, esses tais “recursos tecnológicos atuais” também tem trazido.
Não critico o fato de as pessoas quererem se manter 24 horas por dia online e muito menos de quererem estar antenadas, “por dentro” de tudo que acontece, recebendo as noticias sempre em primeira mão. Não condeno ninguém por querer saber 5 minutos antes o que vai acontecer na novela ou 1 minuto depois sobre um acidente em Tókio.
Mas convenhamos que muitos recursos considerados “antigos”, como papel e caneta, lápis e borracha, ou até mesmo um telefonema para perguntar se está tudo bem e convidar para o seu aniversário, acabaram sendo engolidos pelos torpedos via sms, recados no face, criação de eventos no mesmo, atualização de fotos, conversas via in Box ou BBM. Seus amigos, agora, um segundo depois que você faz alguma coisa, ficam sabendo. Seja porque você escreve no face ou porque posta uma foto no Tumblr.
A comunicação, ao mesmo tempo em que expandiu seus horizontes e se aprimorou, está ficando cada vez menor. As pessoas quase não se falam mais...
No meu aniversário, pude contar nos dedos o número de pessoas que me ligou para dar os parabéns. Não que isso seja ruim (apesar de ter sido via internet, de alguma maneira elas lembraram de mim – mesmo que quem tenha as lembrado seja o Orkut ou o Face).
Estou vivendo na chamada “era tecnológica”, em pleno século 21, num momento em que tudo tem se resumido à “ter, comprar, vender, se conectar, estar online”. Isso é ótimo! Sinal de que o ser humano, a cada dia que passa, evolui nas suas descobertas, mas isso não significa que não haja pontos negativos nessas evoluções.
Um diálogo, por exemplo, muitas vezes, acaba sendo prejudicado pelo vicio de ficar mexendo no celular para ver se alguém fez alguma atualização – digo por experiência própria.
Quisera eu, poder estar sempre por dentro de tudo, ter um Iped, um Iphone, um Black Bery, ou qualquer coisa do tipo. Infelizmente não tenho. Não só porque não posso, mas porque não faço questão de tamanha futilidade. Sei que quando chegar em casa, é só ligar o computador e ver tudo o que aconteceu durante o dia. Não vejo necessidade desse desespero por novidades. O ser humano almeja demais o novo, quer inovações, deseja mudanças e quando elas finalmente ocorrem, boa parte de quem queria isso, acaba não dando o devido valor.
Todo mundo sabe das qualidades que isso tudo traz consigo, tanto pelo que eu disse aqui, quanto pelo que não precisa ser dito, já que é visto...
No entanto, dentre essas qualidades, posso ter certeza que não se incluem algumas que estão sendo, inevitavelmente inclusas, como por exemplo: O Diálogo, o “cara a cara”, “frente a frente”, “olho no olho”. Isso quase não acontece mais.
A vida é muito mais que isso, vai muito além das redes sociais. As pessoas mais felizes não viveram a sua adolescência grudados num aparelho eletrônico, seja na escola, academia, na mesa de jantar ou até na frente da tv. Mas sim brincando na rua, se sujando, levando palmadas... Vivendo.
Sinceramente, eu sou super adepta à tudo que vêm acontecendo no meu século, mas digo, como alguém que não viveu nem um terço de sua vida (eu espero) que: As pessoas estão desperdiçando tempo demais das suas vidas com futilidades e recursos tecnológicos altamente avançados, ao invés de aproveitar o que há de mais simples e bonito. Tem gente que deixa até de namorar, de amar, de se olhar, se tocar, pra navegar. Trocam o toque da pele pelo touch no Ipod, o brilho do olhar pelo brilho do scream, querem trocar a vida por um universo visto por uma tela, através de um cristal liquido, ou seja lá o que for. Posso ser adepta à tecnologia, ter 19 anos e parecer careta, mas eu, por mais que goste, não troco, de jeito nenhum, a convivência pessoal pela virtual. 
E ponto final!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Sábado!

Era só mais um sábado, comum, na verdade, um pouco diferente, porque acordei cedo e passei o dia num curso sobre autismo, que inclusive adorei.
Enfim...
Era só mais um sábado que cheguei em casa cansada, querendo dormir, torcendo pra que todas as pessoas que queriam sair comigo desistissem para que eu pudesse descansar. Era só mais um dia sem a menor pretensão de ser importante ou ficar guardado na minha memória. Só mais um dia, que eu me senti bem, me arrumei e fui pra uma festa, decidida a beber muito, encontrar meus amigos, dançar e voltar pra casa cedo.
Era um sábado normal, numa noite comum, com pessoas legais e uma festa animada. Era apenas uma noite sem a menor intenção de passar dali, mas passou.
Eu já queria, mas não esperava.
Mal chegamos, a festa acabou, mas não pra mim e pros meus amigos. Viemos todos aqui pra casa e a noite ainda rendeu muito.
Cada um pro seu canto e eu por meu. Mas não sozinha.
Ainda não consigo acreditar que realizei uma vontade, um desejo, algo que pra mim era tão utópico. Eu sei que ele não é tudo isso e eu esperava um pouco mais, mas se tratava de alguém que eu não conseguia tirar da cabeça a imagem- e continuo sem conseguir, ainda mais agora, depois de tudo que eu vi.
Mal sabia eu, que esse sábado renderia até as seis da manhã e acabaria num quarto, numa cama, do lado de alguém que eu queria tanto. Foi muito legal, divertido, engraçado. Conversamos muito, rimos, entre outras coisas que prefiro que fiquem implícitas, apesar de que quem está lendo já entendeu...
Eu adoro a companhia dele, é uma pessoa da qual me sinto bem estando ao lado. Era só meu amigo, mas eu sonhava, desde que o conheci, em provar daquele beijo, daquela pegada, daquele fogo todo que ele aparenta ter.
Ele não está nem ligando pro que aconteceu, não fez questão de falar comigo nem nada. Somos muito amigos, íntimos, há anos, mas nunca tivemos o habito de manter contato, ficar perguntando se ta tudo bem, nem nada do tipo. Por isso não estou preocupada, ele é assim e desse jeito, eu posso perceber que o que aconteceu sábado não fez, de maneira alguma, nossa amizade mudar.
Eu espero que continue assim. Pelo que ele me disse, vamos continuar amigos, mas que as vezes cometem o pecado da carne.
Espero também, não me importar em vê-lo ficando com alguém nem sentir ciúmes das coisas que ele me conta, até porque ele sempre se abriu comigo. Quem sabe a gente mantenha uma amizade colorida...
É... Quem sabe outro dia, outra noite, outra festa, outra atitude dele, me faça ver que vale a pena deixar como está: Sem compromisso, sem cobrança, sem satisfações, só carinhos e momentos de prazer.
Ainda posso sentir seu cheiro, seu gosto ainda está na minha boca, seu calor ainda me aquece e já posso sentir saudades de todo aquele carinho que ele me deu...
Era só mais um sábado, mas não foi simplesmente mais um... Foi O sábado!

(Kallil Affonso Machado Câmara)

domingo, 18 de setembro de 2011

Persevere!



Paralelamente à tudo que tenho vivido (minha rotina, minhas obrigações, minhas amizades, entre outras coisas das quais preciso conservar), ainda tem o fator auto-estima, que, mais uma vez, escrevo sobre.
Na tentativa de me tornar alguém que, fisicamente, nunca fui- seja por algum problema biológico ou falta de força de vontade-, acabo entrando em depressão ao perceber que todo meu esforço muitas vezes está sendo jogado no lixo, pois não vejo resultado. Sinto como se meu objetivo estivesse muito distante e eu cada vez mais longe dele. O resultado esperado não aparece e isso tem me decepcionado muito.
Cada dia é uma luta sofrida, quase que torturante (se é que poderia usar essa palavra tão forte para descrever minha situação), mas perseverante. Se eu perco uma batalha, procuro não me desanimar, pensando que a guerra ainda continua e amanhã será um outro dia de grandes conquistas. Pensamento positivo também ajuda, por falar nisso...
É bem complicado, mas é a realidade que tem que ser encarada. 
As pessoas me perguntam se eu nunca quis desistir. Claro que quis, sempre penso nisso quando me olho no espelho ou visto uma roupa que não cabe. Me dá vontade de jogar tudo pro alto e pensar: Ah, esquece, nunca vou conseguir ser magra mesmo. Mas algo mais forte me faz continuar para nunca perder o foco.
Isso tudo me faz perceber que me encontro numa situação periclitante (termos usados pelo meu pai tentando dizer que algo é muito grave). É grave, sim, mas não pela minha saúde nem estética (tem isso também, mas não é só por isso). É mais porque minha mente e meu corpo estão começando a entrar num conflito, que vem de anos, mas está se agravando. Um não aceita o outro de jeito nenhum. Isso ta acabando comigo. E isso só vai mudar se eu conseguir mudar. Mas quer saber de uma coisa?! Meu exercito é grande, forte, poderoso e perseverante- como eu- que está ao  meu lado sempre para me ajudar a vencer essa batalha diária e enfrentar com garra minhas dificuldades.
Isso é importante também: Ter a certeza de que não estou sozinha.
Me conforta tanto...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Do nada...





Do nada, comecei a chorar pensando numa pessoa que é muito importante pra mim e eu nunca tinha me dado conta do quanto.
Uma pessoa que cuidou de mim como uma filha, me deu mais amor do que muitos familiares, me criou- do jeito dela, mas fazendo como seu coração mandava. Brigou, chingou, gritou, mas me criou! Abdicou de várias coisas, na vida, pra ficar comigo, deixou de criar e viver momentos ao lado de sua própria filha para trabalhar cuidando de mim. Olha como sou honrada!
Ela passou comigo, momentos que a minha mãe não pode por ter que trabalhar ou estudar. E nessas horas, sabe quem fazia o papel de mãe? Ela!
A cada frase, choro mais, lembrando... Amanhã vou dar um abraço muito forte nela e dizer o quanto ela é importante pra mim.
Agradecê-la por tudo que ela fez por mim e pela minha mãe, por ter se calado na hora certa, por ter falado quando tinha que falar e dizer o que tinha que ser dito. Por ter sido uma mãe pra mim e pra minha mãe, por ter nos ajudado tanto, por você ser como você é porque eu TE AMO DESSE JEITO!
Não sei se você já sabia mas você é uma das pessoas mais importantes pra mim. Mais do que muitos amigos e familiares.
Obrigada, mais uma vez! Muito obrigada, sou muito grata a você.
Te amo MUITO!

Mais uma tentativa!


A empolgação, geralmente, surge da vontade de chegar a algum lugar, conseguir alguma coisa, ou seja, alcançar algum objetivo. Ou por pura necessidade!
A necessidade, por sua vez surge de um sentimento de falta de alguma coisa, lugar, pessoa, etc. Ou apenas um corpo mais magro!
Daí surgem muitos outros fatores que interferem diretamente nessa conquista, como: investimento, vontade, estímulo, etc.
Se a empolgação é grande e o investimento é excessivo, a vontade aumenta e o resultado aparece. Aumentando o estimulo e a vontade. A necessidade começa a diminuir, a falta a sumir e o resultado aparecer. Ou seja, objetivo alcançado! Meus parabéns!
Mas e se houver empolgação, vontade, necessidade, estimulo, investimento e não houver resultado... O objetivo não for alcançado?
Perde-se, então, a empolgação, o estimulo...
Tudo que lhe resta é a necessidade e o peso de saber que o investimento já está feito – além do seu próprio peso, no meu caso.
A vontade de alcançar o objetivo continua também, mas diminui.
Aí é que entra o coração. Aparecem sintomas como: sentimentalismo em demasiado, estresses e irritações sem motivo, ansiedade dobrada e um desânimo horrível.
Abraços, beijos, desabafos, conselhos, elogios, ou qualquer outro tipo de carinho, ajudam, mas não resolvem o problema. Esses elogios, muitas vezes feitos em exagero, unicamente na tentativa de contornar o problema, incomodam. Aliás, tudo começa a incomodar. E por mais que você saiba que certas qualidades você realmente tem, mesmo assim, ainda é complicado percebê-las com a auto-estima baixa (apesar de que depois de um elogiozinho a gente já começa a ficar pensando: “será que eu sou tudo isso mesmo?”)
Agora se você estiver sorrindo, mesmo que forçosamente para cumprimentar alguém ou ser simpática, não recebe elogios. Pra que? Já está feliz consigo mesma... Repara só!
Mas acontece, que as vezes, nem sempre o sorriso que se traz no rosto expressa o real sentimento que se carrega no peito. Nem sempre os olhos dizem a verdade, apesar de serem conhecidos como “espelho da alma”. Eles podem estar brilhando de alegria ou serem apenas uma capa para esconder o que não queremos que os outros percebam.
Mas eu vou continuar tentando. Ah, eu heim! Não estou disposta a ficar gorda a vida inteira.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A vida nos ensina.

 Sabe o que a vida me ensinou até agora?
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Quase  tudo que ensinou para Charles Chaplin ;D