sexta-feira, 3 de junho de 2011

Três meses em três dias.


Essa semana foi cheia. Num trabalho que tivemos três meses pra fazer, só o fizemos, de fato, nesses últimos dias. Começamos segunda e eram dois trabalhos, com temas diferentes, da mesma matéria, ambos grandes e tudo pro mesmo dia. Pedia muita dedicação!
Ontem o dia foi cheio e complicado para mim. Pra começar, eu aguardava ansiosamente a nota de uma prova, da qual estudei bastante. Isso durou de 5:30 da manhã, que foi a hora que eu acordei, até 11:15, que foi a hora que a professora entregou a prova –depois de muito falar.
Enquanto ela distribuía, foi chamando minhas amigas, que, desesperadas, olhavam as notas. Meu coração batia acelerado e apertado, estava suando frio e era como se eu não conseguisse ouvir mais ninguém ao meu redor a não ser a professora que calmamente chamava os alunos pelo nome.
Minha prova foi uma das ultimas e quando peguei: 4,0. Me desesperei. Minha garganta começou a arder e a vontade de chorar foi maior. Senti que não conseguiria controlar, mas consegui!
Resolvi então, com toda classe e calma que me é peculiar, debater com a professora afim de que ela me apontasse os meus erros, para que pelomenos fosse algo construtivo.
Depois de muito eu ter me irritado com a cara de falsa que ela tem, com as grosserias sucintas – que quase ninguém percebe- que ela faz e ironiazinhas arrogantes, finalmente ela me deu brecha para desabafar tudo o que eu estava sentindo por ela durante todo o semestre. Debochou de mim perante a turma. Primeiro erro: Debochar de mim, que estou inserida no grupo de pessoas –alunos- dos quais ela havia acabado de dizer, ter o maior respeito, o que já posso emendar como sendo segundo erro. Terceiro erro: Educadora debochada, sem paciência, com a cabeça e a metodologia atrasada e além de tudo arrogante? Isso deveria existir?
Quarto erro: diante da turma inteira.
Por isso que tem professor que é agredido. Porque alguns acham que são donos do mundo, que podem tudo porque o que eles fizerem os alunos serão submissos. Não é bem assim. Eu tenho sentimentos, vontade própria e paciência também. Pouca mas tenho.
Claro que eu retruquei. Primeiro, eu aproveitei o deboche para fazer o mesmo da cara dela, já que isso é a minha especialidade e depois eu falei que não estava agüentando mais os deboches dela, que eu aturei o semestre inteiro calada, mas que chegou uma hora que eu vi que não dava mais- aquele momento.
No fim de tudo, ganhei meio ponto pelo que eu justifiquei na prova e nada além disso.
Procurei me acalmar, almocei com as minhas amigas e fui pra eletiva. Depois ajudei elas com o trabalho do violão, até umas 4:30, que foi a hora que saí de lá.
Chegar em casa não quer dizer parar de trabalhar, infelizmente. Tomei um banho, vi friends, comi uma banana e voltei pros trabalhos. Ainda muito arrasada pela nota.
Quando eram 8:30, eu já tinha terminado e fui ao japonês com a Ju e o Diego. Cheguei em casa tarde, fui dormir meia noite e acordei 5:20.
O trabalho foi um sucesso, todo mundo gostou e a professora amou!
Deu muito trabalho, a semana foi corrida, todas foram dormir tarde, quase nada veio a nosso favor, deixamos tudo pra ultima hora, mas no final deu tudo certo e nossos três meses em três dias, fizeram valer o desgaste que tivemos.