domingo, 24 de julho de 2011

Sei lá... Ou não...

No frio, ele me esquenta, no calor, ele me assopra, meu fogo, ele apaga, na dor ele me abraça, na alegria ele me beija, na tristeza ele me olha, me conforta, me dá as mãos.
Na hora do amor, ele só não é mais carinhoso por falta de espaço. Não cabe tanto em uma pessoa só.
Se estou suja, ele critica, mas não sai do meu lado. Se estou pra baixo, ele me diz palavras capazes de me confortar de certa forma que fico muito feliz.
Na hora da dor, chorei.
Ele se manteve ao meu lado, me abraçando, tentando me distrair e dando leigos conselhos para tentar ajudar.
Chorei sim de dor, mas teve algo além que me fez manifestar essa explosão da alma. A seguinte pergunta: O que eu fiz para merecer tanto?
Tá, não é tanto no sentido de grande nível de inteligência, rios de dinheiro nem nada do tipo, até porque seria furada esperar isso dele -apesar de eu achar que ele tem potencial para ir além-, mas com relação a amizade, preocupação, carinho, afeto, amparo...
Quando ele me abraça sinto como se nada pudesse me atingir. Ele tem uma áurea protetora ao redor dele e acaba me imunizando dos perigos quando está ao meu lado.
Assim que acordei hoje, com beijos, olhei pra ele e disse a seguinte frase: “Acho que Deus existe mesmo, sabia?”
- É? Porque chegou a essa conclusão?
- Porque ele ouviu minhas preces.
- O que você pediu?
- Você! Por muito tempo pedi alguém assim como você.
Ele sorriu, me abraçou e disse o quanto gostava de mim.
Não quero perdê-lo por nada nesse mundo! Só quero amar e ser amada.

Não! Ainda não esqueci totalmente o outro... Não é tão fácil esquecer alguém que te marcou tanto. O processo é lento. Mas com o tempo isso vai acabar acontecendo, 
sei lá... Ou não...

(J.B.L) (R.R)

Belo e incomum


Outro dia me peguei pensando em algo que sempre me atraiu, mas eu nunca dei a devida atenção...
Apesar de toda a beleza, importância, graça e todos os outros significados que as questões relacionadas à natureza possuam, quase nada se compara ao balançar das palmeiras quando bate o vento. Mesmo que isso aconteça num dia nublado, com céu escuro, em plena quatro horas da tarde e ameaçando chuva.
As palmeiras ficam indo pra lá e pra cá, na maior calma... Muito pra esquerda e um pouquinho pra direita – na maior tranqüilidade, como se nada mais tivesse que acontecer e o dia não fosse acabar tão cedo...
Se eu pudesse imaginar a expressão facial da copa das árvores quando balançam, seria com os olhos levemente fechados, os braços pra cima, indo na direção do vento, junto com a cabeça.
É uma beleza rara, diferente de todas as outras. A praia numa noite de lua cheia, o por do sol, cachoeiras, montanhas, tudo tem seu encanto. Na natureza não existe belo e feio, existem diferentes belezas.
Um dia de sol, sem nuvens no céu, super propício para pegar uma praia ou piscina, também é lindo, mas o dia quando nasce nublado, também tem sua beleza.
É uma beleza tão extraordinariamente distinta em sua magnificência, que é quase inexplicável. Como se nada parecido ou próximo pudesse ser comparado e tivesse uma explicação totalmente diferente para descrever sua beleza e encanto.