segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Metaformosa!



Uma das metáforas mais surradas que, no entanto, mais me identifico é a da borboleta, que se liberta de sua crisálida. Ela inicia sua vida como uma lagarta que passa boa parte do tempo devorando folhas até que um dia um dia pendura-se em uma, constrói uma crisálida em volta de si e lá dentro ela adormece e seu corpo começa a metamorfosear-se. Dias depois é preciso romper a envoltória para que surja uma linda borboleta capaz de alcançar vôos, que enquanto lagarta jamais pensaria que pudesse realizar. 
Sempre tive paixão pelas borboletas. Seres alados e sensíveis, dotados de delicadeza e beleza. Talvez isso se deva pela minha identificação com esse processo todo. Elas têm a capacidade de se adaptar com o que fizeram delas. A lagarta não sabe qual será o seu destido, embora tenha sido direcionada a se enclausurar.  Porem quando ela se vê prestes a libertar-se daquele local, sabe que deve fazer algo para não morrer ali. Parar ali significa não contemplar outras perspectivas, como também não transformar-se em algo mais belo que chega e ser invejado. 
Elas são a ilustração da famosa frase : ”não importa o que fizeram de nós e sim o que fizemos com aquilo que fizeram de nós”.
Tornar-se borboleta significa deixar morrer a lagarta que ainda existe,  porem isso não se faz de uma hora para outra. Levam-se dias para que o processo todo ocorra e não adianta acelerá-lo, pois poderão surgir borboletas fracas, que não resistem a um leve soprar de um vento mais forte. Entretando, para libertar-se , é necessário um esforço tremendo mas que logo depois é recompensado.
Se posso permitir uma breve analogia com a minha própria vida, nesse momento estou envolvida por um crisálida e estou prestes a iniciar meu processo de libertação. Estou prestes a ser uma borboleta e por isso quero voar.
Podem confundir: “ela anseia liberdade para se perder na vida”. Talvez a palavra certa seja essa mesmo: “perder-se”. Perder-se em meu próprio modo de ser, sabendo que faço minhas escolhas conscientes e que sou responsável por elas.
Em meu processo de metamorfose, desejo que morra a lagarta que me prende ao solo e parece se alimentar não de folhas, mas de rancor. 
Transformar-se em borboleta é preparar-se para voar e ver o mundo do alto, transformar rancor em perdão, sem no entanto, esquecer que fui presa ao chão.
E aquela pequenina lagarta, feia, enrugada, sem vida e sem graça se transformará em uma linda, colorida, divertida e admirada borboleta. 
Colorida, adorável, que encanta a todos por onde passa. Bela e Formosa. Uma incrível metamorfose.
Eu mudei. Porque amadureci, mudei porque passei por tantas e tão diversas experiências que consegui aprender com meus próprios erros, mudei porque me decepcionei com "amigos", mudei porque me decepcionei com "amores". Eu mudei porque conheci pessoas tão especiais que fui capaz de me inspirar por elas e me espelhar nelas para me tornar uma pessoa diferente, talvez uma pessoa melhor...
O tempo passou... Eu mudei e nem tudo, nem todos, me acompanharam... Mas valeu a pena.  Não vou ficar presa ao passado, decidi isso! e apartir de então, resolvi mudar, num belo dia ...

Mudei o meu destino, joguei fora o que não presta.

Quase !



Não vou dizer que estou mal, mas também não estou bem. Minhas cartas ainda estão sobre a mesa- me esqueci de entrega-las-, com meu perfume e marcas do meu batom. Nelas eu escrevi tudo o que sentia no momento. Fui engraçada e divertida como sempre. Deixei claro que independente do carnaval e da distância, eu estaria aqui esperando ele quando voltássemos.
No meu coração ainda sinto um aperto. Não como antes – de saudade- agora é algo diferente. Meus olhos volta e meia se enchem de lágrimas. Me perguntam por que meu coração é tão fechado para amar de verdade. E a minha resposta é: porque não acho quem esteja disposto a fazer o mesmo.
Eu só queria ser feliz, dispensei muitos meninos dos quais eu sabia que poderia dar certo. Embora não soubesse o que me aguardava.
Não fiz como das outras vezes, que eu costumava me jogar do penhasco e se o pára-quedas funcionasse era lucro, se não eu caía, me estrepava, me machucava toda.
Talvez tenha sido por não me entregar totalmente que agora não estou sofrendo tanto. Apesar de ter chegado perto de me jogar, meus pés pareciam grudados no chão.
É como se cada experiência ruim, trouxesse um tipo de “cola” – resistência, é claro. E isso faz com que fique cada vez mais difícil de eu conseguir saltar. Até porque cada vez mais eu peço: se não for para me fazer voar bem alto, é melhor nem tirar meus pés do chão.
Tentaram tirar, mas meu coração não deixou. Está cansado de sofrer, passar sempre pelas mesmas coisas. Indecisões, questionamentos, choro, sofrimento... Tudo isso depois de algumas semanas de carinho intenso.
Não digo que eu tenha sido a pessoa mais santa do mundo no carnaval, mas também não fiz nada que pudesse comprometer a minha felicidade ao lado dele.
Algum dia distante um do outro me mostrou que ele não é meu amigo, não quer me ver feliz, afinal, se quisesse, resistiria, terminaria e depois faria o que ele quisesse.
Pensei em tantas coisas, momentos... Fiz mil planos e ouvi tantas promessas... Contei para todos. Para qualquer “tentação” que aparecesse eu dizia: “não! Eu amo meu namorado!”
Ironia do destino nos juntar depois de tanto tempo. Mais irônico ainda é nos afastar depois de tão pouco tempo.
Agora meu coração está ainda mais resistente, fechado, seco, frio e vai demorar cada vez mais para se entregar novamente.
Só não entendo porque eu causo tantas duvidas e inseguranças. Talvez seja porque, ao verem o quão a sério eu levo um relacionamento, percebem que não são tão sérios assim e se tocam que vão me fazer sofrer. Então, se questionam se isso vale a pena.
O conceito de amor, hoje em dia, está tão banalizado, tão “batido” que já não tem nem valor mais.
Eu sinceramente cansei de ser feita de saco de pancadas! Não tenho mais condições nem estrutura para sofrer.
Fechei os olhos, respirei três vezes, salvei no meu HD cerebral tudo que foi bom, “deletei” a parte ruim e
vou seguir em frente, com a coragem que sempre tive. Não vou deixar de viver, de me divertir. Agora sou  maior de idade, entro em lugares que antes não entrava, posso coisas que antes não podia, então eu vou aproveitar!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Foi hoje !

Minha unha está verde. Uma de cada tom de verde. Hoje ganhei da minha mais nova sogra vários esmaltes verdes e de quebra uma linda flor pra colocar no cabelo. EU AMO FLORES!
Ela é um amor...Enfim!
Foi hoje !
Estavamos só eu e ele. Já sabia que teriamos algo sério e que passaria, concerteza de uma simpels ficada. Mas não imaginei que fosse tão rápido.
Eu disse olhando em seus olhos tudo o que ha muito queria ter dito.
Foi tudo rápido demais, confesso estar com medo. Não estou disposta a sofrer novamente.
Preciso dar tempo ao tempo. Precisamos, na verdade.
Eu gosto dele. Gosto muito. Estou me apaixonando aos poucos. Ele me encanta cada dia mais!
Não quero perdê-lo como aconteceu nos outros relacionamentos que tive. Não quero ter que pensar no que posso falar, na maneira que posso agir, temendo a imagem que posso passar para ele.
Quero ter certeza de que ele já me conhece, já sabe quem sou e que gosta de mim dessa maneira.
Espero ter ganhado um companheiro, amigo, aliado, parceiro e não apenas um simples namorado.
Meu amigo ele é, disso eu sei. Aliás é o primeiro quisito em um namoro.
Confio nele, gosto quando ele me envolve, me protege, me conforta, me acalma, me abraça, me beija e me diz que sou a namorada mais linda do mundo.
Ao lado dele estou bem e quero ficar assim até o dia em que um enjoar do outro.
Bom... espero que esse dia demore muito a chegar.
Aaai Rafa... agora somos eu e você. Enfim juntos!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mãe ...

“Mãe, um dia eu não vou caber no seu colo nem ter medo do escuro, vou querer comer sozinha, um dia vou te pedir pra não ler mais pra mim, vou pedir que não me segure mais, que deixe eu seguir com meus próprios pés, um dia vou te pedir que solte minha bicicleta. Um dia vou pedir que me deixe bem longe da escola, no outro, que me leve até lá para agradecer a todos pelo carinho.
Um dia vou precisar que você estude comigo, que falte o trabalho para ficar 24 horas por dia me dando a maior atenção. No outro vou pedir que me deixe aprender sozinha para que eu adquira maturidade o suficiente para quando a vida me testar.
Um dia, mãe, vou pedir que você não me leve mais para todos os lados. Um dia vou ter vergonha da sua companhia, no outro vou chorar por não tê-la. 
Um dia vou te orgulhar com as minhas conquistas e nesse mesmo dia te pedir que me deixe seguir sozinha, que pare de ser minha babá e me trate como adulta.
Um dia vou sair debaixo das suas asas quentinhas e confortáveis. Grata por tudo.
Mas mãe, não fica triste. Tudo na vida muda. O amor muda. Ele cresce!”
E durante o meu pouco tempo de vida, concluí algo sábio: " Na vida só uma pessoa te ama mais do que ama a si mesma. " 
Obrigada, mãe. Eu te amo .

I think i'm falling for you



Ha 7 anos o conheci. Por dois anos, ele foi o garoto que eu queria que estivesse por perto 24 horas.
Tinhamos apenas 10 anos e cada gesto dele, me encantava. Ele diz que também era fissurado por mim, mas não levo muita fé nisso.
Ha um ano voltamos o contato que não tinhamos ha muito tempo. Ele me ligava sempre, dizia coisas lindas, até que novamente fomos nos afastando. Eu o achava meio bobo. Afinal sempre que nos viamos, ele gaguejava e não tinha coragem para dizer olhando nos meus olhos tudo o que dizia pelo telefone.
Meses se passaram e nosso contato voltou.
Novamente ele me ligava. Dessa vez com mais frequencia. Dia e noite!
Não que aquilo me incomodasse, muito pelo contrário. Parecia que ninguém me fazia mais feliz do que ele.
Parece que me conhece. Quase tudo que ele fala me agrada, faz meus olhos brilharem e minha face dar origem a um sorriso encantador.
Depois de alguns dias ele criou coragem, me chamou pra sair. Me colocou numa situação um tanto contrangedora. Não na visão dele.
Mas eu precisava ajuda-lo a alcançar um objetivo que ele tinha ha tempos, mas não conseguia agir.
Ajudei! Fui !
Com muita vergonha, mas fui. No desenrolar do dia, nos beijamos e num primeiro momento não achei que fosse o melhor beijo que já tinha dado, pelo contrário. Nem gostei tanto. Mas eu gosto tanto dele que aquele detalhe nem fez diferença pra mim.
Até porque ficamos juntos quase o dia todo e nesse tempo nosso beijo foi se encaixando aos poucos.
Vim pra casa e só pensava nele. 
Estava procurando, sem querer, ele em tudo que eu ouvia ou via. Todas as músicas, videos e fotos. Estou gostando dele, eu pensei.
Diz me amar, mas depois de tudo que passei com meu relacionamento anterior, tenho minhas duvidas sobre o que é amor. Por isso eu digo gostar muito dele, mas amar é uma palavra forte demais, porém adoro quando ele diz isso pra mim.
Dois dias se passaram e não saimos da cabeça um do outro. Dispensei todos os meninos que eu estava tendo alguma coisa. Tanto ficando quanto “por ficar”. Não quis mais saber de ninguém. Então ele veio aqui, passou duas horas comigo. Umas das mais lindas desse ano. Estamos nos dando muito bem e ele é de um tipo que eu sempre quis pra mim: Me elogia a toda hora, me faz rir e me diverte o tempo inteiro. 
Não paro mais de pensar nele. Aliás não tem nem como eu esquecer dele. Afinal me liga de minuto em minuto. Não que eu não goste, eu adoro!  Sua experiência aparenta-me limitada. É como se eu estivesse “criando” ele. Depois de perceber isso, a minha vontade de ensina-lo tudo que ele parece desconhecer, aumenta cada dia mais. Não que eu seja a pessoa mais experiente do mundo, pelo contrário. Mas ele, além de tudo é tímido e tem "medo" de agir.
Mas uma coisa está me incomodando: o futebol como prioridade.
Infelizmente não posso exigir que ele mude os habitos dele por minha causa. Ele me agrada tanto que isso acaba ficando esquecido.

Dia do alívio !



No intervalo entre uma série de abdominal e uma de quatro apoios, na academia recebi uma ligação: “ parabéns, nova pedagoga da UERJ, você passou em décimo lugar.
Meus olhos brilharam e umedeceram-se como o olhar de uma criança que deseja muito alguma coisa e finalmente ganha.
Depois de dias e noites indo e voltando da escola pra casa, de casa pro curso, da escola pro curso, entrando e saindo de salas de aula.
Depois de tanto abaixarem minha auto-estima e eu achar que não podia ir mais além, eu fui.
Dei sorte! Estudei a matéria certa, na hora certa, com o empenho certo.
“Parabéns pelos seus investimentos, pai, sua filha te deu o orgulho de passar para a UERJ em décimo lugar!”
“Mãe? Tá ocupada? Então... queria te dar os parabéns pelos seus investimentos, por ter insistido tanto em mim e em momento algum desistido ou pensado que eu sou incapaz! Chegou a hora da sua filha lhe dar o orgulho que você merece ter! Passei em 10º lugar pra UERJ!”
A festa foi geral!
Senti que orgulhei.
Recalcados nem se deram ao trabalho de dizer: parabéns! Desculpa por eu ter duvidado da sua capacidade. Você realmente brilhou, como disse que faria!
Para os que eu contei, me supreendi ao ver a “festa” que fizeram. Grande comemoração, de fato!
Os dias se passaram e dia 03/02 fui me matricular. Está tudo certo! Só preciso voltar lá dia 26/06. Em agosto eu começo. Enquanto isso, vou estudar linguas - no bom sentido. Inglês e Espanhol, quero aprender.
O meu maior medo atualmente é o contato com os meus amigos da escola, que vai ficando cada vez mais escaço.
Enfim, não é o momento de falar em tristeza! Minhas férias me aguardam, a cama, o sol, a piscina, academia, me aguardam.
Enfim me sinto, definitivamente, de férias. Aah, como é bom!
Que alívio!