domingo, 10 de julho de 2011

Imparcial e solitária



Estou me sentindo um pouco distante das pessoas, dos meus objetivos, dos meus sonhos, de tudo.
Me sinto imparcial. Talvez por eu não querer arrumar briga/confusão/estresse, eu acabe ficando calada, quieta, na minha.
Ontem foi prova viva disso. Minha melhor amiga está diferente comigo, inventa mil desculpas para justificar suas ausências, não me liga, pouco se importa e não sou eu quem vai ficar cobrando. Como já dizia nosso grande William Shakespeare: “plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores”, ou seja, faça por onde e as borboletas vão escolher o seu jardim para sobrevoar.
Não adianta ser chato, egoísta, hipócrita, cobrar algo dos outros e ainda querer ser atendido.
Então, o que eu faço é simplesmente, ficar quieta, sem cobrar o carinho de ninguém.
Pode ser por conta da excitação que está com o clima de começo de namoro, aliás, pelo que conheço minha amiga, com certeza é isso. Mas fico triste em me sentir assim diante das atitudes que ela tem tomado.
Bom, pra começar, me sinto distante dela.
Minha mãe é outra que só sabe me criticar e arrumar confusão comigo. Só quer brigar, xingar, gritar, não quer que eu responda e ainda pretende que eu tome alguma atitude de carinho com relação a ela.
Se ela não cuida do jardim dela, não sou eu a borboleta que vai resolver voar nesse clima tão pesado. Vou procurar um jardim mais florido para me abrigar.
Meu pai sempre esteve distante e frio comigo, mas agora está muito mais. Minha mãe ocupa quase todo tempo livre que ele tem e não lhe resta nada para me dizer um oi quando chega. Talvez ele se destraia e esqueça, mas isso nunca aconteceu antes.
Minha irmã nem se fale. Tem dias que não conversamos sobre como estamos nos sentindo...
O Beto ficou triste comigo só porque eu quis sair com as minhas amigas, sendo que ele nem é meu namorado e só estamos ficando há duas semanas.
Depois 90% dessas pessoas que citei, ainda vem querer me impedir de fazer besteiras. Mas eu não encontro um ponto de equilíbrio. Então, a tendência é procurar subterfúgios para tentar me refugiar de tanta confusão.
Tenho medo de me entregar, tenho raiva da minha mãe, saudades da minha irmã e fico triste pelo meu pai. Com relação à Luisa... Eu não esperava menos. Ela é muito de momento e nesse ela está com o Renan. Tudo bem.
Tenho a May, eu sei, ela tem me feito muito bem, apesar de discordar de mim em muitos aspectos e acabar ou não me deixando a vontade ou me fazendo ficar irritada. Mas mesmo assim ela tem exercido uma grande função.
Me sinto sozinha, triste... 
Não quero cobrar nada de ninguém. Vou continuar sendo imparcial até onde eu aguentar. Discutir é pior, posso acabar fazendo mal à quem acha que está tudo bem entre a gente. Não vou discutir a relação com absolutamente ninguém e só vou dizer o que sinto pra quem perguntar.
Quero aprender a ficar mais calada, mas quieta, refletir mais sobre mim e sobre minhas atitudes.
Quero paz e solidão. 
Mas uma solidão à dois...
Pode ser o Beto, aliás, quero muito que seja ele. Mas ainda estamos nos conhecendo e tá cedo pra exigir tanto.
Trancada no meu quarto volto a pensar sobre a minha vida solitária e livre.
Admito, estou na TPM, mas isso não tem tanto a ver. Quer dizer, até tem porque estou sentimental, mas enfim... A verdade é uma só: Preciso urgentemente de um namorado!