Era um domingo, estava cedo, antes das 10h. Já vinha planejando esse dia há mais de três meses. Foi aí, então que resolvi colocar
Chegando lá a fila já estava grande – isso porque o show só começaria às 19h. Mas mesmo com algumas pessoas na minha frente, eu estava super ansiosa . A fila mudou várias vezes de lugar e com essas mudanças vinha a desonestidade de algumas pessoas que chegaram depois e, mesmo sabendo da existência dos que estavam ali desde cedo, passaram a frente, sem se importarem. Passaram por cima da educação, do caráter, dos valores, do respeito...
Mas nada me faria desanimar. Fui uma das primeiras
Ainda faltavam mais de 2h para o show e eu já não agüentava mais. Resolvi sair do meio da confusão e me posicionar ao lado do palco, onde tinham umas caixas das quais usei para tentar recuperar parte da minha energia. Éramos puro suor.
Meus pés, eu não os sentia, para o meu estômago, eu parecia nem ligar mais, meu cheiro me incomodava muito, mas nada que eu não pudesse agüentar. O que estava, de fato, insuportável era a cede.
Abstraí e enquanto as outras bandas tocavam, eu tratava de tentar algum modo de conhecê-los. Fui entrando em tudo que era porta, sem medo! Em busca do meu sonho e ao lado da valente e fiel escudeira, finalmente consegui achar um lugar de onde pude ver o show – de trás do palco. Os vi gritar “nx zero, nx zero, nx zero, nx zeerooo “ – que pra eles é como se fosse um “boa sorte”- e depois entrarem no palco – tudo isso bem de perto. O show foi fantástico, eu chorava de emoção e alegria. Apesar da minha desconfortável posição, eu não sairia dali nem que o papa mandasse! permaneci até o fim do show. Foi ai então que corri para entrar em um lugar onde eu soube que eles estariam. Chegou a minha vez de passar por cima dos meus valores e furar a fila. Ainda me lembro do rosto do moço que me deixou passar, fingindo não ver. Escondi-me para não ser tirada, fui repreendida, saí dali, esperei, chorei, conversei e tentei convencer os seguranças, mas nada os fazia me deixareu passar dali! Mas pelo menos da primeira porta eu já havia passado e a minha acompanhante idem.
Eu estava esperando eles saírem e quando isso aconteceu, eu paralisei, não conseguia me mecher e tudo que consegui pedir foi uma foto.
Depois de registrar o momento com dois integrantes da banda, me dei conta de que não havia pedido foto ao mais importante dali. Corri, ajoelhei, gritei, implorei e consegui, através da grade, realizar parte do meu sonho – foto com Conrado Grandino .
Entreguei a minha carta de três folhas – onde continha meus contatos e pedi que lessem.
Quando a vã ia partir eu disse várias vezes que os amava e depois de tantos “eu te amo” eu ouvi um “eu também”, do vocalista. Jamais esquecerei .