Segundo dia – Segunda feira, dia 27 de julho.
Arrumei algumas coisas e logo descemos para o café.
Demos sorte com o primeiro hotel. A cama é uma delicia e o café da manhã, idem.
Ouvimos dicas sobre lugares bonitos que valiam a pena parar e conselhos com relação a roubos – não a mão armada – tipo aqueles de praias, quando deixamos objetos pessoais sozinhos para irmos até o mar.
Ouvimos algumas noticias sobre o corredor de F1, Felipe Massa, que me roubou alguns minutos de sono rezando, pensando e tentando esquecer para conseguir dormir.
Enfim, arrumamos tudo e fomos adiante.
Partimos por volta das 10h, rumo a Porto Seguro, que eu sismo em chamar de Espírito Santo, hahahaha ¬¬’
Agora são 15h, o GPS enlouqueceu de vez agora. Ontem já estava doido, falando sem parar e só besteira. Fora que às vezes ele se enrolava e repetia alguma coisa antes mesmo de terminar de falar aquilo. Tipo: “dirija mais
Meu pai e a Ju estão um pouco enrolados, se guiando pelo mapa. Isso pelo que percebi porque estou ouvindo música e só sou capaz de identificar movimentos e gestos. Os da minha irmã são de colocar a mão na testa e os lábios dela se mechem dizendo: “acho que falei errado, aquilo era para o outro lado”. Hahahaha. Mas confio nela e sei que chegaremos. Um pouco depois do previsto, mas chegaremos. Só precisam ficar um tanto ressabiados agora, né?! ( aprendi essa palavra hoje, na revista).
Já li revista de signos, Ju e mamãe já fizeram as unhas, estamos comendo só biscoito e mesmo sem fome tudo que vem está sendo lucro. Ou não, porque além de serem coisas engordativas ainda fazem mal à saúde. Enfim...
Por volta das 16h chegamos ao centro histórico da cidade alta.
Conhecemos a primeira e a segunda igreja construídas no Brasil. Uma não lembro o nome e a outra é a Nossa Senhora da Pena, que tem também no Rio.
Vimos também a pedra que simbolizou o marco do descobrimento. Nela tinha uma cruz de malta. O guia contou que um açougueiro achou essa pedra largada ha muitos anos e pegou e que ele já viu várias vezes esse cara cortando carne em cima da pedra que o Pedro Álvares Cabral deixou como símbolo da sua descoberta. Historiadores, bem depois, acharam e a guardaram envolvida numa espécie de vitrine.
Aquele lugar – tipo uma aldeia - foi o primeiro lugar que os portugueses desembarcaram. Vimos as casas, construções neoclassissistas, culturas, vistas, tiramos muitas fotos e como não podia faltar – estava demorando – no final, rolou um pequeno estresse porque nos perdemos. Na verdade, já estávamos nervosos inconscientemente, afinal ninguém aguenta passar dois dias seguidos sem comer direito.
Por volta das 18h30min chegamos ao centro comercial de Porto Seguro. Rodamos uma hora e finalmente achamos um hotel dentro das nossas exigências e/ou condições.
Colocamos tudo nos quartos e movidos pela fome fomos atrás de frutos do mar – a pedido/exigência da Juliana. Mais um estresse –dessa vez bem menor – rolou porque eu queria tomar banho antes de jantar mas a Juliana me convenceu a ir direto depois de sair do quarto batendo a porta e resmungando: “odeio essa sua mania de tomar banho toda hora”.
Os restaurantes absurdamente caros nos desanimaram um pouco, até que achamos um que nos agradou. Bom de negócio, por sinal.
Um prato de lagosta R$100,00, um absurdo, eu achei e disse, claro. Aliás algo que têm incomodado um pouco a todos, hahaha. Então consegui com a minha famosa lábia convencê-lo a reduzir 40% do preço e ainda fazer o meu prato de filé com fritas a R$ 15,00 e ainda veio um feijãozinho de quebra, hahaha .
Depois eu e ju andamos por ali, provamos “beijo na boca” uma bebida típica daqui que leva abacaxi, morango, leite condensado e vodka, essa quem bebeu foi a u. Eu, claro, pedi uma melhor – “chupadinha”, que por sinal tava bem fraca e sem gosto. Não gostei da chupadinha Baiana, hhahaha.
Provei o “parafuso”, que é bom também. Conquistei o primeiro baiano – bem feio por sinal - que até me deu uma flor feita artesanalmente. Me convidou até para morar com ele, ficar na Bahia para sempre. Hahaha, até parece que eu trocaria o meu Rio de Janeiro por aquele fedido das unhas sujas, hahaha.
Voltamos, tomamos banho e eu tentei de todas as formas convencer a minha irmã de voltar, para conhecermos/participarmos/cairmos nas nigths baianas, mas a desanimada broxou. Infelizmente agora estamos deitadas –contra a minha vontade. Só espero que amanhã à noite, saiamos porque não quero sair da Bahia sem ter o que contar.
Passou de duas da manhã e eu ainda estou aqui, tentando acessar a internet, lamentável ...