quarta-feira, 20 de julho de 2011


Eu sinto como se meu corpo ficasse parado mas minha alma -que habita meu corpo, ainda-, ficasse com o corpo mole, querendo cair pro lado...
E por ela ser tão pesada, acaba levando meu corpo junto, que conforme vai caindo, vai vendo as coisas mais embaçadas, ouvindo de longe os sons e ao mesmo tempo eles muito alto; tão alto que ela tem vontade de tampar os ouvidos e gritar de desespero.
E vai ficando, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo, alto...
Cada vez mais rápido ...
Sua alma vai querendo sair do seu corpo e seu corpo se sente como se estivesse indo...
mas o que faz o corpo não querer ir junto com ela, são os momentos em que ela para de se sentir tão leve e volta em si- o que raramente acontece.
Os momentos indo e vontando são repentinos e duram de 10 a 15 segundos e quando ela volta, toma um susto, sente ardência nos olhos, tremor, cede, dor de garganta....
E derrepente saliva, faz pigarro, toce e volta a onda de antes.
Se sente como se seu corpo fosse uma caixa que carrega dentro de si uma outra pessoa, mas transparente, chamada alma. Ela engloba consiencia, caráter, entre outros modos de ser.
Esse corpo de dentro não tem resistência e tende a cair para o lado, mas leva o corpo junto...
Os barulhos voltam a ficar lonnge e perto, longe e perto, denovo...
Derrepente ela fecha o olho, sente seu corpo por dentro tremer todo... essa é a hora em que o corpo encontra a alma e eles não conseguem se gostar.
O corpo manipula a alma, mas não é de propósito.. é instinto...
Assim como o da alma também tenta manipular o corpo...
Minha cabeça (a razão) manipula meus sentimentos (coração) mas quase nunca ganha... quando se ama, se perde a razão e só se pensa na emoção, na vontade, no afeto...
Mas isso tem uma outra explicação - como diria a minha queridíssima Tatá Werneck.

"Um benefício à beira do precipício
Atitude na latitude, entre games e bolas de gude
Sabe desde o início: Alma, espírito, corpo, mente
Sua jornada diligente faz valer o sacrifício
É isso..."
(Forfun)

Good Trip




Tenho estado com preguiça de postar. Pra falar a verdade, não estou com disposição pra fazer nada. Talvez seja essa rotina angustiante que estou vivendo de dormir de manhã e acordar quase à noite. Não literalmente, mas quase isso.

Minha relação com ele parece estável. Mas com a minha mãe continua aquela titica.

Passei esses dois últimos dias com muita cólica, mas tenho certeza que amanhã estarei melhor e poderei encontrar meu amor.
Ainda me sinto um pouco vazia e volta e meia me pego pensando em nada. Nada mesmo... Me vejo na lua, flutuando, olhando os astros mudarem de lugar e as estrelas brilharem.
Diante disso...
Ontem gastei todo o meu dinheiro e comprei um terreno em Marte. Eis a foto, cedida pela NASA, do meu pedaço de felicidade. Sem gente, sem bicho, sem planta, sem carro, sem computador. Eu e a imaginação vamos morar no vazio.

Nesse mundo, pretendo fazer algumas coisas diferentes, mas em sua essência, tudo igual!
Não quero perder amigos, dar adeus para pessoas legais, mudar meus hábitos ou crer em coisas que jamais poderiam entrar na minha cabeça, entretanto, fazer de um jeito diferente... Levar a minha vida com mais tranqüilidade e mais certeza do que eu quero e do que eu devo fazer. Mas em marte não se deve fazer nada... Eu sei, eu sei.
Meu terreno custou caro e agora vou ter que freqüentá-lo.
Terei que viver lá ou ir pelo menos aos finais de semana ver se está tudo em ordem.
Sim! Porque não? Aí é que ta!
Mas para chegar até lá preciso do transporte que também é caro, difícil de encontrar e quando achado, praticamente impossível de ser controlado.
Em outras palavras: Quando tenho esse transportador de alma em mãos, sinto que posso visitar minha nova residência a qualquer momento e já que é lá que eu queria poder morar, acabo indo sempre.
Mas eu tenho minha vida aqui! Não posso viver em marte.
Eu sei que não... Mas seria bom se eu pudesse. Então, mesmo sem poder ficar por lá, vou sempre que posso.
Mas e se eu não tiver esse transporte?
Simplesmente eu não vou! E minha vida vai voltar a ser monótona e sem graça como antes. Voltarei a ter apenas uma casa e habitar somente a realidade.
Nossa! Nunca vi plano pra me desanimar tanto...
Prefiro viajar sempre que possível. Flutuar no vácuo e viver rodeada pelo vazio que jamais será preenchido.
Porque quando se está em marte...