Tenho estado com
preguiça de postar. Pra falar a verdade, não estou com disposição pra fazer nada.
Talvez seja essa rotina angustiante que estou vivendo de dormir de manhã e
acordar quase à noite. Não literalmente, mas quase isso.
Minha relação com
ele parece estável. Mas com a minha mãe continua aquela titica.
Passei esses dois
últimos dias com muita cólica, mas tenho certeza que amanhã estarei melhor e poderei encontrar meu amor.
Ainda me sinto um
pouco vazia e volta e meia me pego pensando em nada. Nada mesmo... Me vejo na
lua, flutuando, olhando os astros mudarem de lugar e as estrelas brilharem.
Diante disso...
“Ontem gastei todo o meu dinheiro e comprei um terreno em
Marte. Eis a foto, cedida pela NASA, do meu pedaço de felicidade. Sem gente,
sem bicho, sem planta, sem carro, sem computador. Eu e a imaginação vamos morar
no vazio.”
Nesse mundo, pretendo fazer algumas coisas diferentes, mas em sua
essência, tudo igual!
Não quero perder amigos, dar adeus para pessoas legais, mudar meus
hábitos ou crer em coisas que jamais poderiam entrar na minha cabeça,
entretanto, fazer de um jeito diferente... Levar a minha vida com mais
tranqüilidade e mais certeza do que eu quero e do que eu devo fazer. Mas em
marte não se deve fazer nada... Eu sei, eu sei.
Meu terreno custou caro e agora vou ter que freqüentá-lo.
Terei que viver lá ou ir pelo menos aos finais de semana ver se
está tudo em ordem.
Sim! Porque não? Aí é que ta!
Mas para chegar até lá preciso do transporte que também é caro,
difícil de encontrar e quando achado, praticamente impossível de ser controlado.
Em outras palavras: Quando tenho esse transportador de alma em
mãos, sinto que posso visitar minha nova residência a qualquer momento e já que
é lá que eu queria poder morar, acabo indo sempre.
Mas eu tenho minha vida aqui! Não posso viver em marte.
Eu sei que não... Mas seria bom se eu pudesse. Então, mesmo sem
poder ficar por lá, vou sempre que posso.
Mas e se eu não tiver esse transporte?
Simplesmente eu não vou! E minha vida vai voltar a ser monótona e
sem graça como antes. Voltarei a ter apenas uma casa e habitar somente a
realidade.
Nossa! Nunca vi plano pra me desanimar tanto...
Prefiro viajar sempre que possível. Flutuar no vácuo e viver
rodeada pelo vazio que jamais será preenchido.
Porque quando se está em marte...
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