segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minha mãe diná!

- Thayana, olha como está esse quarto, cheio de papel picado! A empregada veio hoje. (meia dúzia de pedacinhos de papel que escaparam de ir pra lixeira e foram ao chão).
(Um minuto de silencio, demonstrando meu desprezo. Na verdade eu só não estava a fim de briga. Mas ela não fica satisfeita em não me ver perdendo a cabeça, continuou):   - Garota porca!
(Continuei calada, apesar de odiar quando ela fala isso).
- Muito porca!
Ah não, ela pediu!
- PORCA É VOCÊ!
- Thayana, olha o respeito!
- Ué, quem começou me desrespeitando foi você.
- Olha o respeito comigo! Você é porca!! Largou um monte de papel no chão!
- Você que veio me provocar, eu to na minha! Porca é você!
- Cala a boca! Não me desrespeita. Você é porca mesmo!
- PORCA É VOCÊ! ( falei gritando dessa vez, ou seja, me alterei)


Aí veio tentar me agredir fisicamente achando que ia conseguir!
Eu só me defendi e ela ainda teve a cara de pau de dizer que levantei a mão pra ela.
Olha a minha cara de quem faria isso com a pessoa que mais zelo e idolatro no mundo!
Só que não ia deixar ela me machucar a troco de nada. Segurei o sapato, olhei com cara de ódio, porque eu estava e não deixei ela me bater.

Quando eu digo que ela é portadora do poder de adivinhação, ninguém acredita.
Só porque estou feliz e levando minha vida numa ótima, ela vem querer FODER COM TUDO!
Porque ela não arruma motivos melhores para chorar, se estressar, me bater, fazer drama, dizer que me odeia, que quer morrer e ainda por cima mentir?
Se tem uma coisa que eu jamais faria era levantar a mão pra minha mãe. Ela é a pessoa que eu mais amo. Eu nunca faria isso.
Ela me ofendeu, eu retruquei, ela brigou, eu gritei, ela repetiu a ofensa e eu repeti a grosseria, ela subiu as escadas rápido, entrou no meu quarto como se ela estivesse entrando na casa da mãe Joana, abrindo a porta do jeito raivoso dela e veio me tacando o sapato. Não satisfeita em ter uma mirazinha de merda, ainda pegou de volta o sapato para me bater.
Ah, mas se ela achou que ainda estava lidando com aquela menininha de quinze anos da qual ela sentava o chinelo e a babaca, ficava na dela só apanhando, ela se enganou porque eu mudei. Hoje me imponho mais. Não deixo que qualquer um venha e me diga supostas verdades e ainda queiram me agredir. Eu estava na minha, ela que veio tentar tirar a minha paciência. E, palmas para a campeã... Ela conseguiu!
Aí começa a chorar, faz a maior cena, mas não tinha o que dizer quando a minha tia perguntou o que ela tinha. Nem sabia por que estava daquele jeito. Porque ela me ofendeu e eu disse que era ela? Nossa, grande motivo para chorar e dizer que me odeia.
Se cada vez que ela me ofendesse eu fizesse o escândalo que ela fez, eu estaria com a minha garganta mil vezes mais comprometida, com meus dias de vida contadíssimos e já não teria mais nada de paciência (menos do que já tenho).

Agora quer fazer com que eu me sinta culpada pelos erros dela. Me poupe!

E pra piorar ainda vem o Beto e diz: “preciso ir, amor, mais não chora não ta? Beijos”, depois de eu ter passado uma hora e meia consolando ele no MSN. É esse o “gostar” que ele diz que sente?
Ta precisando aprender um pouco mais sobre sentimentos.
Entendo que hoje não seja um bom dia pra ele, mas sair e me dizer pra não chorar, sem nem querer saber o que aconteceu, aí é foda!
Mas deixa pra lá, amanhã é um novo dia e tudo vai se acertar, sabe por quê? Porque vou passar o dia inteiro na rua!
Dias assim sempre são melhores dos que eu passo em casa.
Sem brigas, só compromissos. Troco numa boa!