Me trouxe novamente inspiração e me disse o que eu precisava
ouvir. Me deu a atenção que eu necessitava naquele momento e me mostrou o
quanto posso ser mais do que pensei que pudesse. Mas ao mesmo tempo me fez ver
que nem tudo é como parece ser. Ele veio como se quisesse me ter e depois fala
como se jamais tivesse demonstrado intenção parecida.
Estou confusa... Eu sou confusa. Todo novo me atrái e toda
expectativa ou possibilidade de amor, me prende.
Ele fala como se não fosse normal eu me apaixonar. Por alguém
como ele? Complicado, eu confesso...
Andei me ferindo, me magoaram, fui traída... Mas dei a volta
por cima e apesar de uns estresses e desentendimentos, aqui estou eu, querendo
mais que tudo passar meu tempo com ele e só com ele. Ignoro o resto e só quero
ouvir o que ele tem pra me dizer.
Agora, surgiu essa viagem repentina... Talvez eu vá passar
minhas férias de fim de ano em Atlanta (EUA). Dizem que lá é muito frio mas
estou super ansiosa pra ver se tudo isso vai dar certo. É bom porque vou
aprender um “novo” idioma, talvez até volte fluente no inglês e vou comprar
meus aparatos eletrônicos que tanto queria. Tudo bem, pode ser muito legal mas
e Cajati? E o Rafa? Que abandono cruel, que fase horrível, que escolha difícil,
que decisão torturante.
Não comecei o texto falando do Rafa... No final eu digo de
quem estou falando mas com ele, não sei se é concreto. Sinto algo além de
amizade, tenho vontade de estar com ele a todo instante mas não me bate aquela
saudade que as vezes sinto do Rafa, quando estamos longe. Tudo bem que não é a
relação mais concreta do mundo, mas pelo menos já o beijei, já tivemos momentos
de carinho, etc, com ele, nem chegou perto disso.
São sentimentos diferentes e tudo que consigo pensar é que
jamais poderei ter algo sério com ele, afinal, sou ex do amigo dele e isso, pra
ele, impede tudo. E qual é o problema? Ficaria um clima pesado mas eu nem ligo.
O importante é ser feliz!
Nada me prende aqui, posso fazer as malas e ir correndo
congelar na neve de Atlanta mas apesar de querer ir sozinha pra treinar o Inglês,
queria que ele fosse comigo, pra me dar base, pra me amparar, pra ser o homem
que eu queria. Ele tem tudo pra ser tudo que eu quero, é exatamente do jeitinho
que me completa e se estou sentindo alguma coisa além de amizade, eu não sei
mas ele está avisado: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!
Mas aí me pergunto: Porque só escrevo textos bons quando
estou gostando de alguém? As pessoas me inspiram! Deve ser por isso que minha mãe
me chama de Maria-vai-com-as-outras. Nesse caso, sou mais dependente de
felicidade pra escrever textos do que pela saco de alguém.
Mas é isso... Meus últimos dias tem sido de saídas,
noitadas, amigos, bebida, cigarro e muita alegria... Mas não AQUELA felicidade.
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