quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sou chata, denovo!

Tá, eu admito, às vezes perco a cabeça, saio de mim, falo o que não devo e depois sempre me arrependo, mas é que parece que as pessoas que mais me conhecem, são as que menos sabem sobre mim e isso me incomoda demais. Parece que não fazem questão de saber. Não se importam...
Eu sou chata, intransigente às vezes, sou estourada, me irrito fácil, não gosto que me encoste, detesto dormir abraçada, sei lá, me sinto presa, me dá calor, odeio que me acorde cedo num dia que posso acordar mais tarde, não gosto de falar ao telefone por mais de dez minutos, gosto de ter paz, não ligo se não tiver arroz e feijão, mas faço questão do meu bife. Não me importo se não vou comer pão de manhã, mas gosto de tomar café, não ligo se vou ter que passar o dia sem comer nada para economizar calorias, meu café de manhã tem que levar açúcar. Sim, sou chata, sou impaciente e pequenos detalhes me incomodam muito. Mas ao mesmo tempo, dependendo do que for, me fazem abrir o maior dos sorrisos. Não me importo de dormir tarde, mas tem que estar tudo escuro e com calor, não consigo. Sou insegura, inconstante e bipolar mas adoro receber elogios... Me renovam e me fazem pensar que não sou tão ruim assim- aparentemente.
Adoro fazer boas ações e ver as pessoas se importando em ser caridosas. Me abala... 
Odeio que pergunte sobre a minha rotina, estando dentro dela há mais de um ano. Como pode não lembrar de algo tão simples? Adoro abraços, beijos, carinhos e mimos mas com limites. Trato as pessoas com amor, mas quando me irrito, não meço minhas palavras.
Sim, mais uma vez repito, eu sei que sou chata, mas é que quando tenho uma opinião formada sobre alguma coisa, nada me faz mudar de idéia, a não ser que haja um argumento muito convincente.
Às vezes sou meio grossa, depende da época do mês, muitas vezes agrido por nada as pessoas, mas quase sempre peço desculpas. Engulo muita coisa também e vivo perdoando.
Eu gosto de ter alguém pra me acalmar e dizer que vai ficar tudo bem... E gosto de fazer o mesmo.
Não sou alguém fácil de conviver, sou chata, sou metódica e meio certinha. Careta também, tinha esquecido...
Tento mudar, principalmente com pessoas que gostam de mim e fazer de tudo pra tentar me compreender mas é difícil pra mim. Preciso que a pessoa concorde comigo, então, dou todos os meus argumentos e no final, se ela não concordar, simplesmente digo: “Então faça do seu jeito que eu faço do meu” e assim acontece. Mas antes de chegar nesse ponto, falo e ouço, falo e ouço, falo sem pensar, falo besteira, coisas que magoam e ouço o que me deixa triste. Adianta? Não, no final a gente nunca vai concordar mesmo. Não nesse caso...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O que é chato pra você pode não ser chato pra mim.



“Nossa! Como você é chata.”
Aqui em casa é só o que eu ouço. Mas sabe porque me acham chata? Porque não sou hipócrita de concordar com tudo. Sou ousada de discordar e expor minha opinião. Outras pessoas não me acham chata porque muitas vezes deixo pra lá, não falo nada para não ser chata, justamente, mas aqui em casa é o lugar onde posso me expressar, creio eu e só porque discordo de alguma coisa ou coloco algo que eu não quero que aconteça, eu sou chata e metida a isso ou aquilo. Defender um amigo de um tratamento pejorativo que estão tendo em relação à ele é ser chata, dizer que não quero que use uma toalha que eu gosto para secar o cachorro, é ser chata, querer que não me acordem a toa quando não tenho aula, é ser chata. Pro pessoal aqui de casa, tudo estou sendo chata mas são coisas que eu simplesmente não concordo e não consigo guardar comigo. O pior de tudo é que começam a distorcer tudo que eu disse e tentar usar conta mim. Isso me irrita ainda mais!
Não faço nada na intenção de ser do-contra ou algo do tipo, simplesmente gostaria de ter a liberdade, pelo menos na minha casa, de expor meus pensamentos sem ser tão julgada.
Chato é ter que guardar o que pensa até entre a sua família. Se for pra não expor minha opinião, vou viver calada, quieta e todos vão perguntar porque-está-tão-quieta? E quando eu disser tudo o que me incomoda e me faz ficar quieta, vão dizer puxa-você-é-muito-chata, enquanto reviram os olhos.
E aí, a culpada sou eu de não concordar com tudo o que dizem, de falar demais, de reclamar de tudo, de ser picuinha e arrumar motivo pra me estressar. Tudo bem... Serei menos “chata” daqui pra frente. O recado ta dado. Percebi hoje na hora do jantar que, ao invés de tentarem ouvir o que eu tinha pra dizer, acharam muito mais divertido ficar sacaneando meus amigos. Legal! Eu não disse o que tinha pra dizer, me estressei e ainda ouvi um monte de desaforos. Podia ter dormido sem essa... Da próxima vez, prometo concordar com tudo só pra agradar. 
Ainda bem que esse final de semana vou pra Sitio Bom, relaxar muito e não me estressar com nada, eu espero!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Talvez o mesmo...




Todos os dias têm sido como os da semana anterior, por exemplo:
Segunda, vou pra faculdade e tenho a tarde livre, Terça, faculdade, inglês e psicóloga, quarta, Faculdade e curso de LIBRAS, quinta, faculdade, inglês e espanhol, sexta, Faculdade e o resto da tarde livre.Nada de novo acontece, tudo igual. O máximo que muda são os dias que, por ventura, não tenho aula, porque a faculdade não quer ou porque os professores decidem não trabalhar, como se isso fosse algo muito normal ou então o dinheiro que fico juntando do final de semana e do começo da próxima pra conseguir ter 25 reais na quarta e poder almoçar no restaurante Cone antes do curso de LIBRAS, já que nesse semestre, é o único dia que preciso comer fora e ainda saber administrar o resto dela com o que sobrou... Difícil! Nada mais acontece na minha vida... São as mesmas coisas, mesmas atividades, mesmas pessoas, mesmos lugares, mesma rotina, mesmo de tudo que não sai dessa mesmice entediante e enlouquecedora. Sei que tudo tem uma recompensa e que preciso aturar o mesmo, mesmo que seja chato, para no futuro, ter um mesmo mais legal, se é que me entendem... Quero ter uma rotina mais agradável e confortável, dentro de tudo que gosto e sinto prazer de fazer. Mas e essa mesmice que me mata? Agüenta! É por pouco tempo! Pouco tempo quanto? Uns 2 ou 3 anos... E isso lá é pouco tempo? Sabe o que significa três preciosos anos da vida de alguém? É por uma boa causa, tenha paciência... São só essas coisas que eu ouço.
Sei que ultimamente só tenho falado do mesmo, como no texto anterior, mas é que não tenho mais do que falar... Nada mais me encanta na beleza da vida. Pode ser –e acredito que seja- algo passageiro, mas por enquanto é assim que vejo o mundo.
Nesse momento sinto que sou apenas um grãzinho de areia no fundo da praia, com calor e seco, misturado com um montão de outros grãos que sentem o mesmo e que não fazem nada além de lutar pela sobrevivência enquanto não conseguem alcançar o mar. Cada dia é uma luta, tentando ir com o vento ou nas ondas... Sentem um respingo d’água aqui, outro ali, que os deixam mais eufóricos e entusiasmados a chegar naquele grande mar lindo e refrescante... Mas quando olham os grãozinhos lá da frente, percebem que apesar de mais confortável a posição deles, eles também precisam lutar pela sobrevivência naquele mar agitado e cheio de outros grãos sendo levados e empurrados pela correnteza e o quebrar das ondas do mar. Me sinto um grão pequeno que não sabe se segue em frente ou se fica lá atrás mesmo...
Acho que preciso relaxar um pouco, sair do mesmo e passar o final de semana em Sítio Bom, olhando aquele marzão maravilhoso, apreciando essa lua que tem feito e sentindo a brisa que tanto me encanta. Talvez eu volte a me dar conta da verdadeira beleza da vida. Talvez eu tenha esquecido o que realmente é belo, talvez eu esteja errada, mas o que mais me conforta é que talvez eu esteja certa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nada novo, denovo!



Dessa vez não é falta de tempo nem de assunto, é só uma abdução repentina da minha inspiração de escrever.
Ando meio alienada, desligada e continuo de mal com a vida no que diz respeito a escolhas, compromissos, etc.
Independente desse primeiro passo pra realização de um dos meus maiores sonhos, continuo desestimulada. Talvez por causa da auto-estima ainda, não sei.
Não quero mais pensar em nada, queria poder me livrar de todos os meus compromissos e não ter que dever satisfação a ninguém mas como isso é quase impossível, vou continuar correndo atrás dos meus sonhos, afinal são eles que movem o ser humano. Considero que uma pessoa morre quando ela para de sonhar e não quando para de respirar. Logo, por eu não estar morta e nem querer parecer uma, vou lutar para alcançar meus objetivos.
A vida continua e apesar das dificuldades é preciso seguir viagem porque uma hora ela acaba e quero ter muitas histórias pra contar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mas e eu?


Minha mente anda meio vazia, ando um pouco desanimada e tudo que tenho feito é pensar no que está por vir. Nada me faz parar de imaginar, planejar, visualizar o que está por acontecer comigo, no meu futuro. É tudo tão incerto e ao mesmo tempo empolgante. Tudo é tão complicado e requer um trabalho tão grande... Isso me estimula tanto, enquanto acaba por me fazer às vezes pensar em desistir.
O futuro está tão distante. Sei que algo me aguarda e algo bom, eu sinto...
Mas me sinto responsabilizada por coisas que não pedi pra acontecer e nem tenho culpa de, por ventura, ter acontecido. Estou me sentindo pressionada e cobrada por algo que, em momento algum me disseram que eu teria que assumir.
Cuido de mais das pessoas, faço demais pelos outros, penso o tempo todo em tudo que vai ser melhor pra você e esqueço de mim. Minha psicóloga diz que sou boazinha demais e só sei dizer sim. Seja por pena de dizer não ou por vontade de dizer sim pra deixar a pessoa mais feliz.
Eu não pedi e nem aceitei assumir certas responsabilidades das quais estou sendo incumbida de tomar frente.
Hoje me senti meio sozinha apesar de ter passado o dia rodeada de pessoas que gostam de mim, que me dão atenção e inclusive disputam por ela.
Mas me senti sozinha porque falo demais e quase não há quem goste ou queira ouvir sem que se disperse ou fale de outro assunto no meio do meu desabafo. Até minha psicóloga fica me interrompendo. Quero poder falar, falar, falar, falar, e no final, quando eu acabar, ouvir uma palavra de consolo mas apesar de muitas vezes eu até ouvi-la, sinto falta de uma atenção exclusiva. Deve ser carência, não sei...
Bom, mas como eu vinha falando no começo do texto... Minha faculdade não me estimula mais em nada, o meu curso está um saco. No espanhol, desanimei ao ouvir que o melhor lugar pra se fazer intercâmbio na minha área, é a frança. Com relação ao inglês, ele me deixa um pouco pra baixo quando vejo que tenho tanta dificuldade. Em LIBRAS, sei lá... Desencantei. Academia nem se fale. Se eu pudesse não entrava numa nunca mais. Estou cansada de querer e tentar emagrecer e continuar gorda.
Perdi o foco, to sem rumo, não quero mais intercâmbio, não quero pedagogia, não quero amigas me cobrando presença e atenção, não quero mais discutir com a pessoa que passou quase a minha vida inteira sendo a melhor das minhas melhores amigas, não quero mais ter que dar satisfação pra uma e me desculpar quando quero sair com a outra. Quero também poder juntar todas elas sem que haja um desentendimento. Quero poder agradar e ser agradada, afinal, só vejo isso, vindo da minha parte. Eu agrado, eu prezo, eu ajudo, eu cuido. Mas e aí, quem vai cuidar de mim?