segunda-feira, 31 de maio de 2010

Panorama

Vivemos rente aos trópicos, onde as águas de março costumavam fechar o verão. Alimentamos pensamentos utópicos e usamos a biodiversidade como fonte de inspiração. Vejo uma senhora vendendo balas em frente ao metrô. No campo, máquinas substituem o agricultor. Imagino como era tudo no tempo do meu avô.
Quando não existiam telefones celulares, garrafas pet e nem isopor.
Dos bangalôs da Tailândia aos barracos do Vidigal,dos iates em Ibiza aos soundsystems em Trenchtown.



Há algo que move a todos com a mesma força vital. A busca da felicidade e a realização pessoal.
Se canta com força, com força a vida.Mantém essa chama que há em você no peito contida.

De relance me vejo pedalando um camêlo. Coqueiros e areia em primeiro plano e ao fundo um navio petroleiro.
Calotas polares derretem e modificamos códigos genéticos em nome da ciência...
O Homo se diz Sapiens, mas o que mais lhe parece faltar é a sapiência.
Que o espaço-tempo é curvo, Einstein provou a partir de um lampejo. Realmente não sei se o que você chama de verde é a mesma cor que eu vejo...
Alheia a isso, a maioria continua exaltando o luxo e a propriedade privada, esquece que caixão não tem gaveta e que dessa passagem, a aprendizagem é a única bagagem levada.

Mas há crianças, há sorrisos, há o Maraca domingo. O panorama não agrada, mas não há porque se desesperar. Pela simples noção de que é uma dádiva estar vivo, de que os caminhos são lindos, e é necessário caminhar....

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