segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Me sinto excluída.

“A separação da religião e do Estado é a única garantia de alguns direitos fundamentais, tais como as liberdades de opinião, de expressão e de culto. Assim sendo, é a única salvaguarda da democracia e constitui, sem dúvida, um dos grandes avanços da Humanidade, pois permite a convivência entre grupos distintos, respeitando sua diversidade.”

Eu só queria entender o motivo de tanto preconceito com quem não tem religião, não acredita em nada do que as igrejas e pastores dizem...

A constituição brasileira traz em uma de suas leis a seguinte:
“ARTIGO 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.






Isso realmente acontece?

A grande massa acredita que sim, porém, eu não acho. Um país onde pessoas olham com desconfiança para qualquer um que mostre ter uma crença diferente e o estado anda de mãos dadas com a igreja, não pode ser chamado de laico.
Enquanto nossa constituição fala de um jeito perfeito e igualitário de sociedade, nossas televisões exibem programas com pastores falando mal de outras religiões e extorquindo dinheiro em nome de um deus que dificilmente existe.
Como pensar em liberdade religiosa quando quase 100% da população do país encaram a diferença de crenças como algo maligno e que deve ser exterminado?
Como falar de conceitos modernos se grande parte da sociedade esta sobre o controle de ditadores e baseiam seus conceitos em um livro com milhares de anos supostamente sagrado?
Um país laico, tão falado na constituição, não passa de um sonho filosófico na mente de algumas pessoas sãs. Vivemos em uma atualidade filosoficamente leiga, vivemos em um mundo onde um deus falso, supostamente espiritual, foi implantado na mente da sociedade.
O Brasil é um país laico? Não.
Nós não somos pessoas ruins, apenas não acreditamos que isso tudo que pregam, com a maior convicção, realmente exista. 
E nem por isso merecemos ser tratados de maneira diferente dos demais, pura e simplesmente por não crermos nas mesmas coisas.

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