terça-feira, 31 de maio de 2011

Não vem dizer que é papo furado!

  
Tarefas inacabadas
Frases ditas sem qualquer sentido,
Textos não lidos
Contextos furados
Palavras soltas
Histórias por contar
Contos sem saber
Romances por escrever
Ações não finalizadas
Matéria didática não aprendida
Pensamentos que voam
Distrações momentâneas
Raiva de si
Perguntas pela metade
Respostas imediatas
Desorganização aparente
Preguiça mental
Objetos perdidos
Impaciência que incomoda
Sentimentos que são racionalizados antes de serem sentidos.
Nervosismo, inquietude, ansiedade, tudo junto com um milhão de sentimentos que se misturam dentro de mim. Nada me faz parar, tudo me dispersa, não consigo me ater a quase nada que não me interesse muito. Nada é capaz de prender minha atenção ao ponto de eu conseguir esquecer o que se passa ao meu redor.

Tarefas perdidas
Frases não lidas
Textos sem sentido
Aulas inacabadas
Contextos soltos
Palavras por escrever
Histórias que surgem do nada
Contos furados
Perguntas imediatas
Resposta pela metade
Romances por contar
Ações racionalizadas
Matéria didática esquecida
Pensamentos não finalizados
Desorganização mental
Preguiça aparente
Paciência quase nula
Sentimentos aprendidos porém, muitas vezes, esquecidos, no calor de momentos específicos.
Raiva momentânea
Distrações que só serão entendidas por uma psicologia alada. Que estude as mentes voadoras.

Ainda há quem diga que essa história de TDAH é papo furado.
Encontre então uma explicação convincente da situação de um grupo de crianças que respondem “sim” às mesmas perguntas.
Então me diga o que me faz ter tido o mesmo problema que elas. O que temos em comum? Hoje, amadureci, logo, não é aparente o meu problema, mas para isso, passei por um tratamento acompanhado por psicopedagogas e neurologistas.

Se é tudo fruto da imaginação de uma massa de psicólogos loucos que não sabem explicar o problema e colocam a culpa no TDAH (como fazem os médicos com a famosa “virose”) e só sabem enfiar ritalina guela à dentro das crianças, então eu exijo um argumento válido, coerente, fundamentado em bases teóricas ricas e com um grau de avaliação adequado sobre cada palavra, que me faça acreditar que eu não tenho, não tive e não sou uma “ex-criança TDAH” e que toda ritalina que tomei foi a toa e o excelente resultado que ela trouxe foi tudo um processo lúdico, tanto meu quanto da minha mãe.

Furada é não saber e querer falar, isso sim é uma furada.

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