terça-feira, 16 de junho de 2009

Nexo Zero .

















Era um domingo, estava cedo, antes das 10h. Já vinha planejando esse dia há mais de três meses. Foi aí, então que resolvi colocar em prática. Peguei os cartazes, me vesti e por volta das 14h lá estávamos nós – o casal 20, superanimado com o programa e minha prima-irmã.

Chegando lá a fila já estava grande – isso porque o show só começaria às 19h. Mas mesmo com algumas pessoas na minha frente, eu estava super ansiosa . A fila mudou várias vezes de lugar e com essas mudanças vinha a desonestidade de algumas pessoas que chegaram depois e, mesmo sabendo da existência dos que estavam ali desde cedo, passaram a frente, sem se importarem. Passaram por cima da educação, do caráter, dos valores, do respeito...

Mas nada me faria desanimar. Fui uma das primeiras 100 a entrar – por uma portinha minúscula que além de ter mil pessoas tentando passar, ainda tinha uma roleta no meio, da qual eu passei por baixo, corri e fugindo consegui me posicionar bem na frente do palco - na grande quadra da beija flor de Nilópolis. E ali permaneci – eu e a companheira de aventurar- até não agüentarmos mais – até acabarem as nossas forças e chegar ao limite da nossa energia.

Ainda faltavam mais de 2h para o show e eu já não agüentava mais. Resolvi sair do meio da confusão e me posicionar ao lado do palco, onde tinham umas caixas das quais usei para tentar recuperar parte da minha energia. Éramos puro suor.

Meus pés, eu não os sentia, para o meu estômago, eu parecia nem ligar mais, meu cheiro me incomodava muito, mas nada que eu não pudesse agüentar. O que estava, de fato, insuportável era a cede.

Abstraí e enquanto as outras bandas tocavam, eu tratava de tentar algum modo de conhecê-los. Fui entrando em tudo que era porta, sem medo! Em busca do meu sonho e ao lado da valente e fiel escudeira, finalmente consegui achar um lugar de onde pude ver o show – de trás do palco. Os vi gritar “nx zero, nx zero, nx zero, nx zeerooo “ – que pra eles é como se fosse um “boa sorte”- e depois entrarem no palco – tudo isso bem de perto. O show foi fantástico, eu chorava de emoção e alegria. Apesar da minha desconfortável posição, eu não sairia dali nem que o papa mandasse! permaneci até o fim do show. Foi ai então que corri para entrar em um lugar onde eu soube que eles estariam. Chegou a minha vez de passar por cima dos meus valores e furar a fila. Ainda me lembro do rosto do moço que me deixou passar, fingindo não ver. Escondi-me para não ser tirada, fui repreendida, saí dali, esperei, chorei, conversei e tentei convencer os seguranças, mas nada os fazia me deixareu passar dali! Mas pelo menos da primeira porta eu já havia passado e a minha acompanhante idem.

Eu estava esperando eles saírem e quando isso aconteceu, eu paralisei, não conseguia me mecher e tudo que consegui pedir foi uma foto.

Depois de registrar o momento com dois integrantes da banda, me dei conta de que não havia pedido foto ao mais importante dali. Corri, ajoelhei, gritei, implorei e consegui, através da grade, realizar parte do meu sonho – foto com Conrado Grandino .

Entreguei a minha carta de três folhas – onde continha meus contatos e pedi que lessem.

Quando a vã ia partir eu disse várias vezes que os amava e depois de tantos “eu te amo” eu ouvi um “eu também”, do vocalista. Jamais esquecerei .

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