Pus o meu
sonho num navio
e o navio em cima do mar
-depois, abri o mar com as mãos ,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas .
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio ...
Chorei quando foi preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça
Depois, tudo estará perfeito :
praia lisa , águas ordenadas
meus olhos secos como pedras
e minhas duas mãos quebradas .
e o navio em cima do mar
-depois, abri o mar com as mãos ,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas .
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio ...
Chorei quando foi preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça
Depois, tudo estará perfeito :
praia lisa , águas ordenadas
meus olhos secos como pedras
e minhas duas mãos quebradas .
Cecília Meirelles.
Mas depois percebi que o que eu tinha posto, não se tratava de um navio, se não, não afundaria com tanta facilidade... que pena! todos me avisaram, mas eu preferi ver com meus próprios olhos e me deparei com um pequeno, indeciso, frágil e instável barquinho de papel, que - por uma simples onda - foi levado para o fundo do mar... como se aquela pequena e humilde quebra de onda fosse um grande tsunami.Que pena! me iludi, e era apenas um barquinho de papel...
Nenhum comentário:
Postar um comentário